‘São resistentes ao risco da tentação populista’, diz Constantino sobre Bolsonaro e Guedes em negociações do auxílio

Segundo Bolsonaro, a retomada está sendo discutida com os Ministérios da Economia, da Cidadania e outras autoridades

  • Por Jovem Pan
  • 09/02/2021 18h15 - Atualizado em 09/02/2021 18h41
EDUARDO VALENTE/ISHOOT/ESTADÃO CONTEÚDO - 04/02/2021 Ação do presidente foi elogiada pelo comentarista

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu estar negociando um possível retorno do auxílio emergencial, que foi implementado em 2020 para ajudar os brasileiros durante a pandemia da Covid-19. Segundo o mandatário, o retorno está sendo discutido com os ministros Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Cidadania) e outras autoridades competentes. Em 2020, o governo distribuiu parcelas de R$ 600 e R$ 300 para os cidadãos que atenderam aos critérios exigidos. Durante sua participação no programa 3 em 1, o comentarista Rodrigo Constantino elogiou a atuação de Bolsonaro e Guedes  nas negociações sobre o retorno do auxílio, dizendo que eles resistiram “à tentação populista”. “Defender transferência de recurso público para os mais pobres por meio de auxílio não coloca você como uma pessoa do bem. Tudo isso tem avaliado ao orçamento, às condições, aos incentivos, e cortar a carne dos privilegiados. É muito fácil fazer caridade com chapéu alheio e é muito fácil ficar posando de bonzinho. Felizmente, nós temos no comando do governo federal e do Ministério da Economia indivíduos mais cientes disso e resistentes ao risco da tentação populista”, disse Constantino, que completou: “Porque a gente pode apenas imaginar o que estaria acontecendo se tivesse alguém como o Rodrigo Maia, como algum tucano ou um petista ou um Ciro Gomes da vida”.

Além disso, ele criticou quem vê as ações de Bolsonaro e Guedes como atos visando as eleições de 2022 e atacou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). “Eu fico impressionado de ver o grau de projeção de alguns, como se tudo que fosse feito ou falado pelo presidente Bolsonaro mirasse 2022. Cada tomada de decisão dele, ou até de seu ministro, Paulo Guedes, seria um cálculo eleitoral para 2022. Isso é projeção, porque a gente sabe que o senhor João Agripino Doria, governador de São Paulo, só pensa naquilo”, afirmou Constantino, que continuou: “Essa politização da pandemia, essa divisão binária, maniqueísta e infantil dos bonzinhos versus malvados. Veja que o João Agripino voltou a falar em ‘negacionista’, em ‘vassalagem’, que parece ser uma palavra nova que aprendeu, em relação aos tucanos que querem, de alguma forma, reconhecer qualquer mérito no governo Bolsonaro e ainda estão no PSDB”.

Por fim, Constantino exaltou o papel do governo federal na vacinação dos brasileiros. “Sobre vacina, o Brasil já vacinou quase quatro milhões de pessoas, está bem na média mundial. Está ali em sexto lugar. Destes, quase quatro milhões, menos de um quarto, é São Paulo. O governador de São Paulo, que adotou na narrativa ser o homem da ciência, o homem das vidas e o homem das vacinas, ele está respondendo pela mesma proporção no seu Estado em relação ao país. O resto se deve ao governo federal, ao SUS, à vacina da AstraZeneca e da Fiocruz”, disse o comentarista, que ressaltou que “ainda há muita incerteza em relação às vacinas”.

Confira a íntegra da edição do 3 em 1 desta terça-feira, 9:

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