‘Tudo leva crer que Mendonça se colocará contra o ativismo judicial’, diz Constantino

Comentaristas do programa 3 em 1 desta quinta-feira, 16, analisaram a posse do ministro na Corte e falaram sobre as expectativas para o trabalho do magistrado

  • Por Jovem Pan
  • 16/12/2021 18h00
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO André mendonça André Mendonça tomou posse no STF nesta quinta-feira, 16

O ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União André Mendonça toma posse como o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta, 16, mais de cinco meses depois de ser indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Apontado em 13 de julho para a vaga deixada por Marco Aurélio Melo, Mendonça demorou a ser sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado por causa da recusa do presidente do órgão, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em marcar uma data. A sabatina finalmente ocorreu em 1º de dezembro, e, na sequência, o nome de Mendonça foi aprovado pela CCJ por 18 votos a favor e nove contrários, e logo depois, pelo plenário da casa, com o placar de 47 votos a 32. A indicação do ex-ministro é o cumprimento de uma promessa de Bolsonaro, que havia dito que apontaria um ministro “terrivelmente evangélico” para o STF. Acompanhe ao vivo a cerimônia de posse.

Durante o programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta quinta, o comentarista Rodrigo Constantino analisou cerimônia e falou sobre as expectativas para o trabalho do magistrado na Corte. Para ele, a escolha de Mendonça acende alertas, mas, por ser evangélico, ele estaria mais entendido sobre a guerra cultural e iria contra o ativismo judicial da Corte. “Das escolhas do presidente Bolsonaro envolvendo o Supremo Tribunal Federal, que foram duas, a PGR e por ai vai, essa talvez tenha sido a mais acertada. Acende alguns alertas. O Gilmar Mendes gosta muito dele, uma parte do stablishment está muito confortável com ele. Isso nunca é boa notícia. Mas ele tem destacado os pontos mais importantes, dizendo que tem que seguir a Constituição, mas o fato dele ser ‘terrivelmente evangélico’ faz com que ele entenda melhor a guerra cultural em curso e por isso tudo leva a crer que vai se colocar contra esse ativismo judicial de alguns que querem empurrar a história. Porque seguem uma religião secular e política, uma ideologia”, analisou Constantino.

Confira o programa desta quinta-feira, 16:

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