Ação da PF visa desarticular esquema de corrupção em royalties de mineração
A Polícia Federal cumpre, na manhã desta sexta-feira (16), mandados de prisão e de busca e apreensão em 11 Estados e no Distrito Federal. A ação investiga esquema de corrupção de cobrança de judiciais de royalties da exploração mineral.
Foram expedidos 29 mandados de condução coercitiva, quatro de prisão preventiva e 12 de prisão temporária. Também foi determinado o bloqueio de valores depositados, que podem chegar a R$ 70 milhões.
As ações da Polícia Federal ocorrem em 52 endereços relacionados com um grupo investigado por organização criminosa que teria articulado esquema para lucrar com as cobranças.
O pastor Silas Malafaia é alvo de mandado de condução coercitiva no âmbito da Operação Timóteo, deflagrada na manhã desta sexta-feira. Segundo informações, o pastor supostamente teria emprestado contas correntes da igreja sob sua influência na intenção de ocultar origem ilícita dos valores.
O diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Marco Antonio Valadares Moreira, e a mulher dele foram presos pela PF.
A Justiça determinou que os municípios suspendessem os repasses e o pagamento para empresas de advocacia e consultoria envolvidas na investigação.
A investigação busca ainda descobrir sobre o esquema em que, supostamente, um diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral oferecia informações privilegiadas sobre as dívidas de royalties. Dois escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria seriam os beneficiários das informações.
As ações ocorrem em Goiás, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins e DF.
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