Comunicador-mor do Governo tem que ser o presidente, defende Padilha

  • Por Jovem Pan
  • 27/09/2016 09h19
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Brasília - DF, 26/07/2016. Presidente em Exercício Michel Temer durante reunião com ministros do Núcleo de Infraestrutura. Foto: Carolina Antunes/PR Carolina Antunes/PR Eliseu padilha e Michel Temer - PR

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, defendeu que a comunicação do Governo seja orientada pela palavra do presidente Michel Temer.

“O norte tem que ser apontado pelo presidente da República. Eu tenho feito isso e penso que o que todos os ministros gostariam de fazer é orientar sua fala”, disse Padilha, que comparou a palavra de Temer com a de um imperador. “O comunicador-mor do Governo tem que ser o presidente. Aí a população olha para o presidente e vê nele um pouco do que foi o imperador, a monarquia, alguém que tinha condições de definir o rumo da vida das pessoas”, completou.

Sobre o caso do ministro da Justiça, que pareceu antecipar uma nova fase da Lava Jato no último domingo (25) – que no dia seguinte levou à 35ª fase da Lava Jato -, o ministro da Casa Civil atribuiu a sinalização a um erro humano.

“Gênero humano ainda não é perfeito. Por vezes há uma escorregada que não foi aquilo que o presidente disse e o ministro acaba criando, mas não traduz exatamente o que pensa o presidente”, explicou.

Padilha, no entanto, destacou que o Governo trabalha para a união do discurso entre sua equipe, mas que existem projetos pessoais de ministros que podem influenciar. “É um processo em construção. Cada um tem seus projetos pessoas e, a medida que estes acabam influenciando, falam mais para o seu público e menos ao público do presidente”.

Porta-voz?

Questionado se o Governo passaria a ter um porta-voz oficial, Padilha disse que esse não é o ponto mais importante a ser discutido atualmente.

“Presidente está se convencendo de que é dele que tem que surgir a orientação do que deve ser dito”, justificou o ministro. “A comunicação tem que ser condutora e não conduzida”, defendeu Padilha para que casos como o de Alexandre de Moraes não voltem a ocorrer.

Confira a entrevista completa:

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