‘São Paulo perdeu poder político e precisamos recuperar’, diz governador do Estado
Tarcísio de Freitas quer retomar protagonismo em questões tributárias, de educação e transparência
Tarcísio de Freitas participou do programa ‘Direito ao Ponto‘, da Jovem Pan News, na noite desta segunda-feira, 20, e comentou sobre o fim do protagonismo de São Paulo em âmbito nacional. Para o governador, decisões erradas e falta de união no Congresso deixaram as prioridades do Estado de lado e o cenário precisa ser revertido. “São Paulo é 1/3 do PIB brasileiro, temos 22% da população brasileira, mas essa vantagem econômica perdeu relevância política. São Paulo perdeu poder político durante os anos. Hoje nós temos problema de sub-representação e isso é uma questão de postura do Estado, em questões importantes. Entendo que faltou aglutinação da bancada de SP nos interesses importantes para o Estado. O Estado de São Paulo tem a maior bancada de deputados federais (70), mas tem um nível de desarticulação que é impressionante. A gente precisa juntar isso”, explicou. O governador ainda citou outros pontos em que o protagonismo foi perdido. “São Paulo precisa ter educação de qualidade e voltada para os desafios profissionais que estão presentes hoje. Também não pode perder o protagonismo na reforma tributária. São Paulo vai apoiar a reforma tributária, diferente de gestões passadas”, revelou.
“Nós não temos hoje barreira em relação à tributação do destino, que sempre foi uma barreira. O que percebemos? Podemos até perder arrecadação no curso prazo, mas eliminando a guerra fiscal ganhamos muito no médio e longo prazo. Então isso vale a pena para SP. Vale a pena investir num sistema tributário menos oneroso, mais simples, menos burocrático. São Paulo também perdeu espaço na digitalização, estamos lá atrás. E se você não tem digitalização, não tem transparência. Porque eles andam umbilicalmente colados. São passos que vamos ter que dar. Aliás, a digitalização vai proporcionar redução de despesas. A gente começa a eliminar ineficiência. É um Estado que tem mais de 100 carreiras diferentes. Existem estruturas que se eu eliminar amanhã, da máquina do Estado, não vai fazer falta. Essa reforma precisamos fazer”, completou. Na entrevista o governador ainda citou um plano para acabar com a Crocolândia, explicou sobre o programa de moradias para o litoral norte e demais questões da política nacional.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.