Secretário Jorge Seif aponta ‘questões ideológicas’ por atraso na pesca brasileira

Responsável pela Aquicultura e Pesca, Jorge esteve no programa ‘Direto ao Ponto’ desta segunda-feira e debateu sobre o passado e o futuro da pasta

  • Por Jovem Pan
  • 18/10/2021 23h00 - Atualizado em 18/10/2021 23h03
Reprodução/ Youtube secretário de aquicultura e pesca Jorge Seif Júnior participou do programa Direto ao Ponto desta segunda-feira

Na noite desta segunda-feira, 18, o programa ‘Direto ao Ponto‘ recebeu o secretário de Aquicultura e Pesca do governo Bolsonaro, Jorge Seif Júnior, e debateu algumas questões sobre o setor no país e no mundo. O Brasil é hoje um dos menores exportadores de pescados da América Latina e tem números baixos em comparação mundial, sobre isso o secretário informou que as gestões passadas tem muita responsabilidade. “Faltaram políticas públicas. O Ministério da Agricultura tem 160 anos, a pesca foi migrando de ministério em ministério e isso foi dificultando muito. Um grande erro das gestões passadas foi colocar a pesca em equidade com o meio ambiente. Meu pai brinca que ‘cachorro de dois donos morre de fome’, então não existia uma gestão única para fomentar a atividade”, explicou Jorge Seif, que também apontou questões ideológicas para o entrave.

“Quando não se tem estatísticas pesqueiras, tem um slogan antigo que diz ‘potência não é nada sem controle’. Como pode impedir uma atividade produtiva se não tem dados? Infelizmente essa gestão compartilhada com o meio ambiente, acabou impedimento o crescimento do setor. O governo proibia e a pessoa tinha que se virar. O Estado levou muita atividade para a ilegalidade e foram questões ideológicas“, apontou. Segundo ele,  25% dos mares do Brasil são protegidos por leis ambientais e essa seria uma questão ideológica e não mercadológica, o que atrapalha a área. Mas então, o que fazer para melhorar? “Temos feito sistemas dentro da secretaria. A pesca não tinha isso e quando não existe sistema tem uma burocracia muito grande. A segunda melhora é com a desregulamentação”, afirmou.

“Foi dado as costas à aquicultura e a pesca. Eles não acompanharam a agricultura, não teve fomento e acesso a créditos. Não basta o governo federal disponibilizar Plano Safra, porque o produtor lá na ponta só pega se tiver licenciamento ambiental. Eu tenho reporte de produtores que esperam há oito anos uma visita para pegar essa licença. Então precisamos fomentar a atividade”, reforçou Jorge Seif. De acordo com ele, retomar a venda para a União Europeia, que foi suspensa em 2018, pode melhorar o cenário. “A UE pedia melhora na sanidade nas embarcações. Eles diziam que não tratávamos o pescado com a segurança alimentar exigida. Desde então estamos fazendo diversas tratativas e, há poucos dias, fizemos uma norma geral para os barcos que quiserem exportar para a comunidade europeia”, explicou.

Assista abaixo a íntegra do programa:

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