Em 100 dias, Doria cumpre promessas iniciais e é bem avaliado em pesquisas
Os primeiros 100 dias de João Doria como prefeito de São Paulo foram intensos. Desde 1º de janeiro, ele praticamente não parou.
A principal marca da nova gestão é aquela que o prefeito fez questão de ressaltar durante a campanha no ano passado com o slogan “João Trabalhador”.
Desde o início do mandato, foram mais de 80 compromissos nas ruas de São Paulo e cerca de 90 encontros com empresários. Doria teve agendas oficiais em todos os dias.
Nem nos finais de semana, o prefeito descansou. Sábados e domingos pela manhã, o prefeito esteve nas ruas para cumprir seus programas.
E Doria, de fato, acelerou. Uma das primeiras ações do novo prefeito foi aumentar os limites de velocidade nas Marginais Tietê e Pinheiros.
Apesar das muitas críticas que recebeu, Doria não mudou de ideia e anunciou a medida logo nos primeiros dias de gestão.
Apenas em janeiro, foram registrados 102 acidentes com vítimas e mais uma leva de críticas.
Mesmo assim, o prefeito não amenizou o discurso: “Os cicloativistas pensam que estamos brincando, mas não estamos brincando de fazer Prefeitura”.
Mas a grande briga de Doria, nos primeiros 100 dias, foi com os pichadores.
O prefeito pintou muros que haviam sido vandalizados, reforçou o sistema de vigilância com câmeras, regulamentou a venda de sprays e instituiu uma multa de até 10 mil reais para quem se aventurar a pichar alguma parede. “Recadinho aí para os pichadores: aqui o prefeito leva até o fim. Não tentem me desafiar, porque vamos vencer os pichadores. Pichadores não vão ter sossego”, disse Doria.
E teve multa até para os secretários da Prefeitura. Os assistentes que chegam atrasados em compromissos oficiais, agora, têm que pagar multa.
A ideia surgiu no dia 2 de janeiro, depois que a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Sônia Francine, chegou 40 minutos depois do horário previsto no lançamento do programa Cidade Linda. “Olha, essa é uma atitude bem-humorada. Não é uma multa, é uma contribuição de R$ 200 se tiver atraso de até 15 minutos. Se for acima de 15 minutos será de R$ 400. É uma coisa bem-humorada, mas também de disciplina e respeito pelas nossas reuniões”, afirmou Doria na época.
Uma das principais promessas de campanha de Doria também já foi cumprida nestes primeiros cem dias: zerar a fila de espera por exames na cidade.
O projeto Corujão da Saúde foi uma parceria com hospitais privados. A fila de exames remanescentes do ano passado zerou e, agora, ainda restam apenas os procedimentos que foram agendados em 2017.
O sucesso do Corujão da Saúde ajuda a alavancar a alta popularidade do prefeito. Uma pesquisa do instituto Datafolha divulgada neste final de semana mostrou um recorde de aprovação obtido por Doria.
Segundo o levantamento, a gestão municipal é considerada ótima ou boa por 43% dos moradores da cidade. Nunca antes na história de São Paulo, um prefeito completou os três primeiros meses de mandato com uma avaliação tão positiva.
Diante do bom desempenho, Doria faz questão de agradecer o trabalho de toda a equipe que o auxilia na prefeitura. “Duas pesquisas em uma semana dando aprovação acima de 70% é algo que nos motiva”, comemorou.
Apesar do sucesso, o prefeito evitar falar sobre uma eventual candidatura à presidência ou ao governo de São Paulo, em 2018. “A aprovação é feita em função das atitudes que a Prefeitura e o prefeito realizam. E depois prefeitar. Esta é minha missão. Fui eleito para ser prefeito, estou prefeitando”, garantiu.
Neste final de semana, o prefeito João Doria voltou a dizer que o candidato dele à presidência da República é o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
*Informações do repórter Victor Brown e sonoplastia de Alexandre Lorenzo
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