Feriado antecipado e adiamentos: o que podemos concluir após a lista de Fachin
Nesta terça (6)
Céu nublado sobre o Congresso NacionalEntre debandada de políticos do Congresso e nomes que não foram citados, a lista do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin causou reações no sistema político brasileiro. Confira o que podemos concluir até agora:
Antecipação do feriado
Os deputados e senadores abandonaram as sessões na tarde desta terça-feira (11), enquanto discutiam assuntos importantes. Rodrigo Maia, presidente da Câmara, suspendeu a votação do projeto de renegociação da dívida dos Estados.
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara não conseguiu quórum mínimo para seu funcionamento.
No Senado, o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB), deixou o plenário logo após a aprovação da nova lei de imigração.
Conclusão do julgamento
A lista de Fachin envolve tantos nomes, que a expectativa em Brasília é de que o julgamento não seja concluído em menos de seis anos. Por isso, deputados e senadores vão lutar para não perder acoitamento do STF.
Sarney e Maluf isentos
José Sarney que chegou a ser citado, mas não foi investigado, e Paulo Maluf escaparam da lista.
Mas o repórter José Maria Trindade alerta: os que ficaram de fora da lista foram financiados por outras empresas que não a Odebrecht.
“Ainda virão outras delações”, lembra.
Reformas adiadas
Congresso não é mais o mesmo. Já era esperada a lista, tanto que os líderes falam que há a tentativa de continuar os trabalhos normais, mas isso não é possível.
A ideia seria votar o projeto que regulamenta a renegociação da dívida dos Estados, as ele não será votado por falta de quórum.
Já na comissão especial do trabalho, a ideia é apresentar o parecer, haverá pedido de vista, mas o assunto fica para semana que vem.
“Votação esqueça para os próximos dias na Câmara e no Senado”, lamenta Trindade.
HD de 1 Terabyte
A imprensa entregou ao STF um HD externo para receber todas as informações abertas pelo ministro Fachin – vídeos, gravações, áudios e documentos.
A Jovem Pan fará o trabalho de “garimpo” para analisar as delações premiadas dos 78 executivos da Odebrecht. “Tudo será liberado. Ficaremos sabendo como cada parlamentar está nessa grande obra da Lava Jato”.
Pedidos de cassação de mandato
Líderes do PSOL, que fazem, tradicionalmente, a apresentação dos pedidos de cassação ou de abertura do processo. No entanto, não há ainda ideia de como fazer esse pedido. No caso de Eduardo Cunha foi porque ele era presidente da Câmara e mentiu à CPI, mas apresentar um “pedido no atacado” não tem a menor chance.
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