2020 tem recorde de ataques à liberdade de imprensa, diz Fenaj

Aconteceram 32 episódios de violência física contra profissionais da imprensa e dois assassinatos no ano passado

  • Por Jovem Pan
  • 27/01/2021 06h31
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Pixabay microfone Os jornalistas assassinados foram Léo Veras, que denunciava o crime organizado na fronteira com o Paraguai, e Edney Neves

O ano de 2020 foi o mais violento para os jornalistas desde a década de 1990. Foram 428 episódios registrados no Relatório Anual da Fenaj da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa. Segundo a presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Maria José Braga, a pandemia do coronavírus contribuiu para o aumento de 105% dos ataques em relação ao ano de 2019. No ano passado aconteceram 32 episódios de violência física contra profissionais da imprensa e dois assassinatos.

Os jornalistas assassinados foram Léo Veras, que denunciava o crime organizado na fronteira com o Paraguai, e Edney Neves, que trabalhava na campanha à reeleição da Prefeitura de Peixoto de Azevedo, no Mato Grosso. De acordo com a Fenaj, os profissionais de TV foram os mais agredidos, representando 24% do total. Ataques cibernéticos contra veículos de imprensa foram registrados pela primeira vez no relatório e totalizaram seis casos. Ainda segundo o relatório, jornalistas passaram a ser agredidos por populares nas ruas e os ataques virtuais, por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens, tornaram-se mais comuns.

*Com informações do repórter Vinícius Nunes

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