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5% dos salões de beleza e barbearias encerram atividades durante a pandemia, diz associação

RJ - COMÉRCIO-MOVIMENTAÇÃO - GERAL - Movimentação em salão de beleza na cidade do Rio de Janeiro (RJ), neste sábado (27). Funcionários e clientes usam máscaras como proteção contra a Covid-19, do novo coronavírus. 27/06/2020 - Foto: ALEXANDRE PONTES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A pandemia da Covid-19 atingiu em cheio o setor de beleza, especialmente durante os períodos mais críticos de isolamento social. Jefferson Massari, que trabalha no ramo, conta que fechou as portas por quatro meses. Com muito esforço, ele conseguiu reabrir o estabelecimento, mas o faturamento diminuiu significativamente. “Desde que nós reabrimos em julho, a gente uma expectativa, mas pela limitação precisamos trabalhar com 40% da equipe e com isso não consegui não conseguimos ter o mesmo faturamento anterior. Então o nosso faturamento está próximo aos 51% e é difícil passar disso só com essa equipe trabalhando.”

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Sentar em uma cadeira e fazer um tratamento de beleza faz toda a diferença para a autoestima. No entanto, a pandemia criou um abismo entre profissionais e clientes e, por isso, o jeito foi criar maneiras de fazer essa reaproximação. Segundo a Associação Brasileira dos Salões de Beleza (ABSB), 75% dos estabelecimentos passaram a realizar vendas online, diz o presidente da entidade, José Augusto Santos. “Aquela venda tradicional do cabeleireiro de indicar um produto na hora acontece, mas está acontecendo menos, uma vez que esse mercado digital tem crescido bastante e é uma tendência, não tem como fugir disso.”

No salão do Jefferson, uma das alternativas foi implementar as promoções. Os preços mais baixos ajudaram a driblar a crise. “As clientes gostam de ter o mesmo tipo de serviço com o profissional que já atendia e mais barato”, relatou. Entretanto, nem todos os estabelecimentos conseguiram sobreviver durante o período de isolamento. Dados da ABSB mostram que 5% dos salões e barbearias encerram atividades durante a pandemia, 73% estão endividados e 47% não vão conseguir manter as portas abertas. Para o presidente da associação, se o Brasil voltar a fechar o comércio, será difícil a recuperação. “Um fechamento total do negócio só gera prejuízos e torna totalmente inviável prosseguimento de qualquer negócio, principalmente dos que já estão debilitados pelos últimos meses.”

*Com informações da repórter Mônica Simões 

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