Pesquisa mostra que 8 em cada 10 jovens têm interesse em educação profissional
Foram ouvidos pelo Sesi e pelo Senai mil alunos de escolas da rede pública de São Paulo, do Mato Grosso do Sul e da rede Sesi que já estão experimentando a nova estrutura curricular prevista na lei
O Sesi e o Senai realizaram uma pesquisa inédita para ouvir estudantes do ensino médio sobre o novo modelo que começa a ser implementado em todo o Brasil a partir do ano que vem. Os dados envolvem mil alunos de escolas da rede pública de São Paulo, do Mato Grosso do Sul e da rede SESI que já estão experimentando a nova estrutura curricular prevista na lei. A pesquisa mostra que os estudantes estão preocupados com o emprego e avaliam como muito importante o fato da Formação Técnica e Profissional ser uma alternativa dentro da carga horária do ensino médio regular. Dentre os jovens que foram ouvidos, 91% têm interesse em cursar ensino superior; 84% têm interesse na educação profissional; 17% já consideraram abandonar a escola.
Com o Novo Ensino Médio, as escolas brasileiras devem formar jovens mais preparados para os desafios e as demandas do mercado de trabalho. É o que pretende o estudante João Rafael de Souza Campoi. “A princípio, tanto a instituição quanto o modelo promove que a gente escolha o nosso caminho conforme as nossas necessidades. Se você gosta de estudar alguma área específica, alguma matéria, você vai conseguir nesse modelo”, afirma. O gerente-executivo de Educação do SESI, Wisley Pereira ressalta a importância de uma reforma no currículo escolar visando o futuro profissional. “Esse novo ensino médio garante ao jovem a escolha de cursar trajetórias que vão ao encontro de suas habilidades e competências. Outra questão é como essas escolhas estão alinhadas aos interesses desses jovens e também ao trabalho do futuro”, comenta Pereira. Com as flexibilizações das regras sanitárias e a volta 100% presenciais dos alunos, a educação brasileira tem um grande desafio pós-pandemia, de resgate do estudante e de implementação do novo ensino médio.
*Com informações da repórter Juliana Tahamtani
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