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Agravado pelas queimadas, tempo seco castiga moradores de São Paulo

Índice divulgado pela Fundação Getulio Vargas é usado para a indexação do preço dos aluguéis

 As queimadas e o tempo seco pioram os impactos da poluição em São Paulo e a diferença é notada pela população. “De manhã você consegue observar que o céu está como se estivesse nublado”, diz o aposentado João Schiffer. Para quem tem alergias, a situação fica pior. “Tenho bastante crise de rinite, então acordo com o nariz muito irritado, tenho bastante coriza e acordo com a garganta seca”, conta a estudante Marina das Neves. A poluição está longe de ser uma novidade para os paulistanos. No entanto, pela primeira vez em 22 anos, São Paulo atingiu um nível péssimo de qualidade do ar nesta semana. Segundo especialistas, o tempo seco e o incêndio no Parque Estadual do Juquery, em Franco da Rocha, região metropolitana, contribuíram para o cenário. Último boletim divulgado pela Companhia Ambiental do Estado (Cetesp) mostra que 10 das 18 regiões monitoradas na capital paulista seguem apresentando qualidade do ar ruim ou muito ruim. Para as próximas 24 horas a perspectiva não é favorável à dispersão dos poluentes, o que significa que as condições devem melhorar apenas a partir desta sexta-feira, 27, com possibilidade de chuva.

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Com a má qualidade do ar, médico pneumologista Mauro Gomes alerta para mais demanda por internações e consultas por agravamento de doenças respiratórias. No entanto, ele traz uma boa notícia: a máscara que usamos diariamente contra a Covid-19 ajuda na proteção. “A questão da máscaras pode auxiliar na menor inalação dos materiais particulados mais grosseiros. Por exemplo, vivenciamos a fuligem, esse é um material que pode causar prejuízos sérios. A partícula maior vai ficar parada na máscara ou nas narinas, não vai penetrar nos nossos pulmões”, disse, pontuando que as partículas muito pequenas, no entanto, podem ultrapassar a máscara. Segundo o médico, o risco acontece quando elas atingem a circulação inflamando os vasos sanguíneos e podendo provocar infarto do miocárdio, AVC e arritmias.

*Com informações da repórter Carolina Abelin

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