Anderson Torres não comparecerá à CPI do 8 de janeiro da Câmara do DF nesta quinta

Defesa alega que o depoimento seria inútil porque o ex-secretário já depôs à Polícia Federal por mais de 10 horas sobre os assuntos investigados

  • Por Jovem Pan
  • 09/03/2023 06h56 - Atualizado em 09/03/2023 12h26
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Anderson Torres Anderson Torres foi preso em 14 de janeiro após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal

O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres não vai comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Distrital de Brasília para depor nesta quinta-feira, 9, sobre os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro. A defesa dele alega que o depoimento seria inútil porque ele já depôs à Polícia Federal por mais de 10 horas sobre todos os temas investigados pela Câmara Legislativa do DF. Na última terça-feira, 7, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes liberou Torres para ir comparecer à CPI se quisesse. Na mesma decisão, o ministro autorizou que o ex-secretário permanecesse em silêncio durante o depoimento. Torres é acusado de omissão durante os atos de vandalismo das sedes dos Três Poderes, já que, na época, ele era o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e estava nos Estados Unidos no dia 8 de janeiro, de férias com a família. O ex-secretário segue preso em um batalhão da Polícia Militar na capital federal.

Mesmo sem a presença de Torres, a CPI seguirá seus trabalhos nesta quinta, com outro depoimento que já estava marcado. Marília Ferreira Alencar, que era subsecretária de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF quando ocorreram os atos de vandalismo, será ouvida. Ainda assim, o deputado distrital Chico Valente, presidente da CPI, afirmou que não vai desistir do depoimento de Anderson Torres e que pretende ouvir o ex-secretário até o final da comissão parlamentar de inquérito.

*Com informações da repórter Paula Lobão

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