França pode ficar em situação parecida com a Espanha e Itália, diz brasileira em Paris

  • Por Jovem Pan
  • 16/03/2020 08h20 - Atualizado em 16/03/2020 09h07
ROSIVAN MORAIS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Segundo a jovem, os únicos estabelecimentos abertos no país são farmácias, hospitais, supermercados e lojas de tabaco

Brasileira em Paris, na França, teme endurecimento das medidas contra coronavírus na Europa. Em entrevista ao Jornal da Manhã, a radialista Isabela Santos relata que gostaria de voltar para o Brasil após o aumento de casos do Covid-19 no continente, mas que pode encontrar dificuldades até para chegar ao aeroporto.

“Eu ia tentar voltar no final de semana, mas o presidente Emmanuel Macron vai se pronunciar ainda hoje. Todo mundo espera que ele vai decretar confinamento forçado e que ficaremos em uma situação parecida com a da Espanha e da Itália. Se isso acontecer, eu não consigo nem chegar ao aeroporto.”

De qualquer forma, ela vai esperar o pronunciamento do presidente francês, mesmo temendo precisar ficar no país longe da família. “Eu tenho uma passagem comprada para julho, então iria adiantar para agora. Ninguém pode me impedir de entrar no Brasil porque sou cidadã, mas podem dificultar minha saída da França cancelando voos.”

Porém, Isabela conta que uma colega inglesa, que mora com ela, antecipou a volta para casa. “Ela iria voltar na sexta-feira para a Inglaterra, mas também teme o pronunciamento que será feito hoje. Então já está fazendo as malas.”

Segundo a jovem, os únicos estabelecimentos abertos no país são farmácias, hospitais, supermercados e lojas de tabaco. Os museus e monumentos, como o Louvre e a Torre Eiffel, estão fechados.

“Aqui eu trabalho em restaurante, então não consigo trabalhar mas preciso continuar pagando as minhas contas.Meu visto não me permite receber subsídio do governo, como está acontecendo com os locais.”

Diante do cenário, ela conta que foi ao mercado e garantiu mantimentos para três semanas. “O que é impossível de encontrar nesse momento é arroz, macarrão e papel higiênico. Mas até que tem bastante coisa disponível, principalmente perecíveis.”

 

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