Apesar da reabertura, Doria não descarta recuar na flexibilização em São Paulo

Governador de São Paulo afirma que a ‘ciência e a saúde’ sempre vão determinar as ações do Estado: ‘Se for necessário recuar para salvar vidas, assim faremos’

  • Por Jovem Pan
  • 20/08/2021 06h49 - Atualizado em 20/08/2021 11h12
ELIANE NEVES/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Governador de São Paulo, João Doria, durante coletiva do Vale Gás

Primeiro Estado brasileiro a decretar oficialmente o fim da quarentena, São Paulo usou critérios técnicos e científicos para promover a flexibilização. A afirmação foi feita pelo governador João Doria (PSDB), em entrevista à Jovem Pan, nesta quinta-feira, 19. O tucano garante que, se o cenário da pandemia piorar, não vai hesitar em recuar na reabertura. Desde a última terça-feira, não há mais limite de horário de funcionamento ou de capacidade para estabelecimentos comerciais e de serviços nos municípios paulistas. O governo apenas recomenda que aglomerações sejam evitadas e que as pessoas continuem usando máscara de proteção. A medida foi tomada antes que toda população adulta tomasse as duas doses da vacina contra a Covid-19. No entanto, Doria afirma que a flexibilização foi bem pensada e embasada em critérios técnicos e científicos, frisando que a taxa de ocupação das UTIs permite a reabertura.

“Temos menos de 40% da ocupação dos leitos de UTI em São Paulo, tanto na capital quanto no interior. Temos sete semanas sucessivas de queda de infecção, de internações e, felizmente, queda há sete semanas no número de óbitos. Não há razão de continuar privando a população”, afirmou o político, que tem sido criticado por especialistas pela decisão de retomar as atividades econômicas em meio ao avanço da variante Delta. Ele esclarece, no entanto, que as decisões podem ser revisadas. “Sempre a ciência, sempre a saúde, sempre a vida determinando os nossos caminhos. Se for necessário recuar para salvar vidas, assim faremos”, ressaltou.  João Doria também minimizou a decisão da Anvisa de não autorizar o uso da CoronaVac em crianças e adolescentes e disse que a agência pediu informações complementares ao Instituto Butantan. O governador espera que a permissão seja concedida ainda neste ano.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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