Após usar drones para monitorar quadrilha, Deic prende suspeitos de atacar carros-fortes

  • Por Jovem Pan
  • 18/07/2019 08h47 - Atualizado em 18/07/2019 11h21
Divulgação/Deic DENNY CESARE / ESTADÃO CONTEÚDO Polícia acredita que envolvidos tenham relação com Forças Armadas

Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) prenderam, nesta quarta-feira (17), quatro acusados de participar de uma quadrilha especializada em ataques a carros-fortes e agências bancárias. Os suspeitos foram monitorados por drones usados pela Polícia Civil de São Paulo e encontrados após a tentativa frustrada de atacar um carro-forte em Ibiúna, interior de São Paulo.

A partir do episódio, os policiais fizeram buscas nos endereços que já estavam sendo monitorados e encontraram explosivos, munições e armas de guerra, incluindo três fuzis e um rifle. Em um dos locais, três bombas usadas para romper a blindagem do carro-forte foram encontradas. Esses artefatos estavam acionados e poderiam ter explodido durante a chegada dos policiais.

A quadrilha era investigada há pelo menos três meses e teria envolvimento a outros cinco ataques a carros-fortes. O delegado responsável pela operação, Ítalo Zacarro Neto, chama a atenção para quantidade encontrada de explosivos. “A gente percebe que eles vem se aprimorando no modo como esse explosivo   vem sendo utilizado. Também isso pode ser característico de certas organizações criminosas, e não de todas. Nesse caso havia uma expertise muito grande em relação aos equipamentos apreendidos.”

A polícia suspeita que pelo armamento encontrado e pela habilidade com os explosivos alguns dos integrantes tenham passado pelas Forças Armadas.

O delegado Fabiano Barbeiro, da divisão de investigação de crimes patrimoniais do DEIC, afirma que a polícia irá apurar a origem desse armamento. “Nós temos metralhadora, fuzil, enfim, realmente são armas de calibre restrito e com certeza não são tão comuns assim, são tidas como armas de uso militar, de exército, enfim”, afirmou.

De acordo com ele, a quadrilha especializada em ataques a carros-fortes e agências bancárias seria composta por mais integrantes . Além dos 4 que foram presos, a polícia já teria identificado pelo menos mais dois integrantes “Nós vamos continuar investigando, pra descobrir inclusive se houve a participação externa de outras pessoas no favorecimento ou na participação propriamente dita, como prestando algum tipo de auxílio material, como mentor intelectual, enfim, são várias possibilidades que pretendemos investigar.”

Os quatro suspeitos de participar da quadrilha serão acusados pelos crimes de organização criminosa, tentativa de roubo e porte de arma de fogo e explosivos.

*Com informações da repórter Natacha Mazzaro

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.