Após veto a filiados, campanha de Doria reage a ofensivas de Leite nas prévias do PSDB

Diretório de São Paulo solicitou a rejeição de votos de 32 filiados do Rio Grande do Sul, da Bahia e de Minas Gerais

  • Por Jovem Pan
  • 03/11/2021 09h19 - Atualizado em 03/11/2021 10h48
ANDRÉ RIBEIRO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Governador João Doria em coletiva de imprensa em São Paulo João Doria enfrenta Arthur Virgílio e Eduardo Leite nas prévias

O governador de São Paulo (SP), João Doria, reage às ofensivas do oponente, o governador do Rio Grande do Sul (RS), Eduardo Leite, e quer impedir tucanos do estado dele de participar das prévias. O presidente do PSDB de São Paulo, Marco Vinholi, rebateu a representou à comissão contra 32 filiados do RS, da Bahia e de Minas Gerais com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de outubro e comentou: “a regra vale para todos”. Vinholi descarta fraude e minimiza a derrota do governador Doria. “Todos aqueles que tiveram seu registro no TSE depois de 31 de maio e, dentro disso, estão dentro do registro partidário, em todo o Brasil são centenas de casos, então a decisão não abrange somente o Estado de São Paulo, não tenha a participação automática nas prévias. A gente tem que fazer uma petição para o presidente nacional do partido, para que possam ter essa autorização e participar. É algo que abrange todo o país. Não vejo como algo de impacto na campanha de Doria, mas de todos os candidatos”.

A comissão responsável pela votação do dia 21, que ocorrerá em Brasília, já havia acatado o questionamento da campanha de Leite e, em decisão unânime, rejeitou a participação de 92 prefeitos paulistas apoiadores de Doria no pleito. Houve a constatação que o diretório paulista cadastrou os prefeitos e vices com datas retroativas às filiações ao partido. Pelas regras internas, estariam aptos a votar somente os filiados até o dia 31 de maio de 2021. Nas previas, há uma diferença entre filiados e aqueles que possuem mandatos. E, nessa disputa interna, o clima cordial inicial já foi deixado de lado, sendo provável que o partido chegue dividido nas eleições de 2022. “A gente não observa qualquer tipo de ataque, denúncia, acusação da parte do governador João Doria com seus adversários, para que a gente possa construir essa unidade ao final do processo. É normal todo tipo de discussão ao longo do processo eleitoral, mas respeitando e entendendo a unidade do partido como algo muito importante. Portanto, acho que esse caminho está sendo contruido por Doria”, afirma Vinholi. Doria, Leite e o ex-senador do Amazonas, Arthur Virgílio, vão disputar os votos dos tucanos para se tornarem o candidato do PSDB às eleições presidenciais em 2022.

*Com informações da repórter Marcelo Mattos

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