‘Arcabouço fiscal é dar uma carta branca para o governo gastar’, critica deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, criticou o novo marco fiscal e lamentou que a proposta deve ser aprovada nesta semana

  • Por Jovem Pan
  • 22/08/2023 09h35
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Reprodução/Jovem Pan News luiz-philippe-de-orleans-e-braganca-arcabouco-fiscal-entrevista-jornal-da-manha-reproducao-jovem-pan-news Deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP) lamentou a provável aprovação do arcabouço fiscal em segundo turno na Câmara

A decisão de dar andamento à votação do arcabouço fiscal foi anunciada nesta segunda, 21, após reunião de líderes de bancadas na residência oficial do presidente da Câmara dos DeputadosArthur Lira (PP-AL), e medida deve ir ao plenário até quarta-feira, 23. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP) criticou o novo marco fiscal e lamentou que a proposta deve ser aprovada nesta semana: “Infelizmente, me parece que vai a voto, infelizmente. Eu digo isso porque o arcabouço fiscal não é um substituto do teto de gastos. O teto de gastos já tinha uma regra muito estabelecida, muito positiva para o Brasil, equilibra fiscalmente o Brasil. E se por acaso estoura o orçamento, e é necessário estourar o orçamento, sonda-se de novo, mais uma vez, o Congresso. Nada mais natural (…) Agora, o que eles fazem com o arcabouço fiscal é quase que dar uma carta branca para o governo de gastar até certo ponto, mas nós estamos vendo que já estamos nesse ponto”.

“Isso que é o problema. E fora isso, nós temos aí o que veio do Senado, é um texto piorado. Então já era um texto ruim, com alma e coração ruim, e voltou piorado. Ou seja, excluiu da contabilidade mais de R$ 40 bilhões. Isso que nós sabemos, porque pode ser no futuro que estoure ainda mais esse limite. Ou seja, é um gasto que vai ocorrer de qualquer maneira e vai ter impacto inflacionário, só que não é contabilizado como sendo parte do arcabouço fiscal e seus limites. Então é uma grande irresponsabilidade”, analisou. O parlamentar projeta que a base governista já conseguiu articular mais de 300 votos para aprovar a proposta: “Governo conseguiu consolidar o seu poderio dentro do parlamento”. Confira a entrevista completa no vídeo abaixo.

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