Assembleia Geral da ONU vota resolução contra embargo dos EUA a Cuba

Bloqueio está em vigor desde a década de 1960 e impede trocas comerciais entre a ditadura comunista e a maioria dos países

  • Por Jovem Pan
  • 23/06/2021 06h32 - Atualizado em 23/06/2021 11h37
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EFE /OLIVIER DOULIERY Joe Biden de perfil. Homem branco idoso, com cabelos brancos ralos e lisos Os cubanos aproveitaram o contexto de crise e só apresentaram a proposta após a eleição nos Estados Unidos

A Assembleia Geral da ONU vota nesta quarta-feira, 23, uma resolução que mais uma vez tenta reverter o embargo econômico dos Estados Unidos a Cuba. O bloqueio está em vigor desde a década de 1960 e impede trocas comerciais entre a ditadura comunista e a maioria dos países. Em 2019, o Brasil rompeu uma tradição de 27 anos e votou a favor da manutenção das restrições. Na ocasião, apenas Estados Unidos e Israel adotaram a mesma posição, contra 187 países. O professor de relações internacionais do Ibmec, Alexandre Pires, acredita que, apesar da troca de comando no Ministério das Relações Exteriores, o Brasil mais uma vez deve acompanhar os norte-americanos. “Esse voto na diplomacia mundial significa muito mais uma posição de apoio ou não aos Estados Unidos. Muito mais do que oposição à Cuba e ao regime cubano. O Brasil vai ter que observar primeiramente como vai ser a postura do Biden.”

“O governo Biden não tem revogado as medidas contra Cuba impostas por Donald Trump e que são medidas bastante severas. Ninguém sabe se o governo americano vai adotar a postura que o Obama se abstendo da resolução ou se vai votar contra. É uma situação que o Brasil não pode votar contra enquanto os Estados Unidos se abstenha, seria uma gafe diplomática, pontuou. A pandemia adiou a análise da resolução pela ONU no ano passado. Os cubanos aproveitaram o contexto de crise e só apresentaram a proposta após a eleição nos Estados Unidos, apostando na derrota de Donald Trump para Joe Biden. No documento, Havana alega que o embargo causou um prejuízo de quase 10 bilhões de dólares ao país apenas em 2020.

*Com informações da repórter Letícia Santini

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