Bolsonaro afirma que contrair Covid-19 garante mais imunidade que as vacinas

Presidente disse que pretende se imunizar contra a doença apenas depois que todas as pessoas tiverem acesso

  • Por Jovem Pan
  • 18/06/2021 10h43 - Atualizado em 18/06/2021 17h07
WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente da república, Jair Bolsonaro, durante cerimônia em Brasília Presidente voltou a defender que pessoas já vacinadas  ou que já tiveram a doença não precisam usar máscara de proteção

O presidente Jair Bolsonaro reafirmou nesta quinta-feira, 17, que determinou ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que estude a possibilidade de retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras para quem já foi vacinado ou já teve a Covid-19. Ele questiona o uso do item de proteção, por exemplo, dentro dos carros e justificou que ainda não procurou os postos de saúde para se vacinar porque pretende se imunizar apenas depois que todas as pessoas tiverem acesso às vacinas. No entanto, ele garantiu que se sente seguro, uma vez que já teve a Covid-19. “Estou vacinado entre aspas. Todos que contraíram o vírus estão vacinados, até de forma mais eficaz que a própria vacina, porque você pegou o vírus para valer. Então quem contraiu o vírus não se discute, está imunizado. Quem tomou a vacina, como a eficácia, por exemplo da CoronaVac, é 50%, esse tem que tomar a segunda dose e talvez uma dose de reforço.”

O mandatário não poupou críticas ao depoimento do ex-governador Wilson Witzel à CPI da Covid-19. Segundo Bolsonaro, as afirmações do político devem ter agradado os integrantes da comissão, que, segundo ele, buscam uma forma de responsabilizá-lo por todos os problemas da Covid-19. “Cara de pau esse Witzel, ele foi denunciado ontem mesmo, tornou-se réu. Falou que eu que procurei ele para fazer campanha no Rio e ele me ajudou. Ele é um cara de pau sem tamanho, uma pessoas que realmente envergonha a magistratura”, disse. Nesta quinta-feira, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que foi retomada a apuração preliminar sobre a conduta do presidente na defensa do “kit Covid“, tratamento com remédios que seriam ineficazes contra a doença. A Procuradoria-Geral da República apura se a conduta de Jair Bolsonaro pode configurar em crimes de perigo à vida ou à saúde.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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