Bolsonaro defende voto impresso para o Brasil não entrar ‘na linha de Cuba’
Segundo o presidente, uma eleição auditável é essencial para que o cidadão tenha confiança no sistema democrático brasileiro
Para o presidente Jair Bolsonaro, o Brasil precisa mudar o modelo de votação para não “entrar na linha de Cuba“. Segundo ele, uma eleição auditável e com contagem pública dos votos é essencial para que o cidadão tenha confiança no sistema democrático brasileiro. Bolsonaro diz que apresentará, já nos próximos dias, provas de que as urnas eletrônicas podem sim ser fraudadas, ao contrário do que alegam instituições, organizações, órgãos e autoridades envolvidos na questão. “A situação em Cuba está realmente complicada, sobrou pancada, porrada e prisão para quem foi às ruas pedindo liberdade. Lamentável o que acontece. No Brasil, para não entrar na linha de Cuba, temos que ter o voto impresso e auditável. E a contagem pública dos votos também”, afirmou.
O vice-presidente da república, Hamilton Mourão, também defende a impressão de uma espécie de comprovante de votação para, se necessário, ser uma maneira de auditar as eleições. De qualquer forma, ele acredita que a parte perdedora sempre vai reclamar do resultado. “Pode haver vamos dizer ‘choro de perdedor’, isso sempre ocorre. Já comentei com vocês, sou favorável que haja a impressão do voto, uma outra maneira de auditar. Isso é uma decisão que passa por dentro do Congresso. Se não aprovar, vamos com a regra que está valendo”, afirmou. Mourão também deixou claro nesta terça-feira, 13, que concorda com a tese apresentada por Bolsonaro no início da semana de que o crime de prevaricação, do qual é acusado por supostamente não ter comunicado a Polícia Federal das irregularidades apontadas no contrato firmado pelo Ministério da Saúde na compra da vacina Covaxin, não se aplica ao presidente da República.
“É complicado você acusar alguém de prevaricação. Não acho que o presidente tenha prevaricado. Tem muita discussão em torno de um processo que, vou usar a linguagem militar, não transpôs a linha de partida, ficou só no planejado”, disse. O general também falou sobre a PEC que proíbe militares da ativa a assumirem cargos no governo, afirmando que não vê problema na proposta. O texto, em análise no Congresso, pode impactar diretamente na dinâmica da administração pública federal, afinal, grande parte dos cargos de confiança no Planalto, em ministérios e em agências públicas, atualmente, são ocupados por representantes das Forças Armadas.
*Com informações do repórter Antônio Maldonado
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