Bolsonaro admite dificuldades para criar o Renda Cidadã
Com as reclamações sobre o uso de precatórios e de recursos do Fundeb para o programa, o presidente admitiu que chegar a um acordo não será nada fácil
O presidente da República, Jair Bolsonaro, admitiu nesta quinta-feira, 1º, dificuldades para fechar o programa Renda Cidadã, que vai ocupar no ano que vem, o lugar deixado pelo chamado auxílio emergencial. Na segunda-feira foi anunciado que o dinheiro necessário para o programa viria dos precatórios e do Fundeb, o que desagradou o mercado. Diante das reclamações, o governo voltou a recuar e o presidente admitiu que chegar a um acordo não será nada fácil. “Estamos com o Renda Brasil, tirar dinheiro da onde, tem ou não tem. Estamos correndo atrás, nós sabemos que janeiro e fevereiro do ano que vem, acaba o auxílio emergencial em dezembro, a economia pode não ter pegado até lá”, disse.
Esse vai e vem do novo programa social acabou gerando muitas críticas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que teria entrado em rota de conflito com líderes e com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Mais uma vez o presidente garantiu que o ministro continua firme no cargo. Ainda nesta quinta-feira, Jair Bolsonaro voltou a reclamar do preço do arroz nos supermercados. Ele lembrou no entanto, que existe uma previsão de uma supersafra de arroz no ano que vem. E emergencialmente foram liberadas as importações do produto. O presidente explicou também que deverá conversar nesta sexta-feira, 2, com o presidente do Paraguai, Mário Abdo. O assunto seria a reabertura da ponte da Amizade que liga os dois países. Ele também voltou a defender o investimento em Defesa. Segundo ele, é preciso estar preparado para se por exemplo, alguma potência decidir fazer alguma besteira aqui no Brasil.
Em visita a Pernambuco ainda nesta quinta-feira, Bolsonaro voltou a criticar os governadores que defendem o “fique em casa”. E ainda tripudiou afirmando que depois de ser muito criticado pela defesa veemente da hidroxicloroquina, agora a Europa já admite que o medicamento não causa arritmia e segundo o presidente foi a saída encontrada pelo governo brasileiro para superar a crise da Covid-19. Sobre a corrida eleitoral, o presidente recomendou que a população escolha seus candidatos com cuidado e apesar de não citar nomes, admitiu que tem seus favoritos.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin
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