Bolsonaro diz que deportação de brasileiros é um ‘direito’ dos EUA
O presidente Jair Bolsonaro foi cauteloso ao comentar a deportação de 50 brasileiros dos Estados Unidos nesta semana. Em Nova Délhi, na Índia, desde sexta-feira, 24, ele se limitou a dizer que as leis dos países devem ser respeitadas.
“(Em) Qualquer país as suas leis têm que respeitadas. Qualquer país do mundo onde as pessoas estão lá de forma clandestina é um direito daquele chefe de Estado, usando da lei, devolver esses nacionais.”
Ao ser questionado se falou sobre o assunto com o presidente norte-americano Donald Trump, Bolsonaro respondeu que não, e aproveitou para criticar a lei de imigração do Brasil.
“Ficou no campo da chancelaria. Lamento que muitos brasileiros foram buscar novas oportunidades lá fora e voltem deportados. Lamento, mas a política tem que respeitar a soberania de outros países. Nenhum país do mundo tem isso que temos lá, é uma vergonha. O pessoal chega no Brasil com mais direito que nós, isso não pode acontecer. Se abrir as portas como está previsto, o País pode receber um contingente muito grande.”
Segundo alguns críticos, a lei de imigração vigente, sancionada pelo presidente Michel Temer em 2017, facilita demais a entrada de estrangeiros no país. Já alguns apoiadores afirmam que trata a questão pelo enfoque dos direitos humanos e do desenvolvimento econômico do país, não como um tema de segurança nacional, como foi durante a vigência do antigo Estatuto do Estrangeiro, de 1980.
Gandhi
Neste sábado, o presidente se reuniu com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e altas autoridades do governo. Foram formalizados 15 atos para facilitar o comércio, os investimentos e a cooperação entre o Brasil e a Índia.
Bolsonaro também levou flores ao memorial do líder pacifista Mahatma Gandhi, personagem decisivo na independência do país em 1947, uma tradição de chefes de Estado que visitam o país asiático.
* Com informações do Estadão Conteúdo.
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