Bolsonaro diz que Forças Armadas jamais aceitariam ‘convite’ contra democracia

Declaração acontece após o presidente afirmar que os militares decidem se ‘o povo vai viver em uma democracia ou ditadura’

  • Por Jovem Pan
  • 22/01/2021 06h15 - Atualizado em 22/01/2021 06h20
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO - 19/11/2020 O presidente da república, Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto Após críticas, o presidente mudou tom sobre o posicionamento dos militares pela defesa da democracia e liberdade

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 21, que as Forças Armadas jamais aceitariam o convite de uma autoridade para atentar contra a democracia. Em conversa com apoiadores na última segunda-feira, 18, o mandatário afirmou que “quem decide se o povo vai viver em uma democracia ou ditadura” são os militares. Na ocasião, ele chegou a dizer que, no Brasil, a liberdade ainda existe, mas que tudo poderia mudar se a força militar não for reconhecida. “Por isso, graças a Deus, aqui no Brasil nós temos Forças Armadas comprometidas com a democracia e com a liberdade. Então, são um grande pilar da democracia as nossas Forças Armadas, que jamais aceitariam um convite de uma autoridade de plantão, no caso o presidente da República, de enviesar por um caminho diferente da liberdade e da democracia“, afirmou em transmissão semanal nas redes sociais.

O presidente ainda ironizou a ajuda oferecida por Nicolás Maduro ao Amazonas, que sofre um colapso na saúde com a falta de oxigênio hospitalar. “Se o Maduro quiser dar oxigênio, carne que tá sobrando lá né, mantimentos, é bem vindo, não tem problema não. Afinal, nós recebemos aqui, não sei o número certo, dezenas de milhares de venezuelanos na Operação Acolhida. O pessoal tá fugindo da Venezuela para o Brasil”, disse. Bolsonaro voltou a afirmar que o Supremo Tribunal Federal impediu o governo de atuar no combate à pandemia. A declaração acontece três dias após o STF informar que nunca proibiu a União de atuar no enfrentamento ao coronavírus.

*Com informações da repórter Catherina Achutti

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