Bolsonaro diz que nova lei de improbidade vai ajudar gestores

Presidente afirmou que afrouxamento de regras vai ajudar e ‘facilitar bastante’ a vida de quem governa municípios no Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 19/06/2021 09h18
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DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente da república, Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto Presidente falou sobre assunto em conversa com apoiadores

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender, nesta sexta-feira, 17, a nova lei de improbidade administrativa, aprovada pela Câmara dos Deputados na última semana. O texto, que agora aguarda análise dos senadores, afrouxa as regras e dificulta a punição de agentes públicos, que só responderão por atos de improbidade caso fique provado que causaram dano ao erário ou que enriqueceram ilicitamente de forma intencional. Ou seja: na prática, a proposta facilita a vida do gestor, que poderá se livrar de eventual responsabilização caso não consigam provar que ele cometeu determinado crime de propósito. Na quinta-feira, 17, durante live semanal, Bolsonaro já havia defendido a nova legislação. Ele chegou a chamar a atuação de membros do Ministério Público de “lamentável”, e lembrou que prefeitos de cidades pequenas enfrentarem processos por suspeitas de corrupção.

Nessa sexta, 18, o presidente voltou a falar do assunto e afirmou que o afrouxamento das regras vai “ajudar bastante”. “Se quiser contratar, tiver que contratar, três, quatro caras para te ajudar na burocracia, acaba com o orçamento do teu município. Estamos facilitando bastante e não pode partir do princípio que o prefeito está com má fé”, disse, em conversa com apoiadores. Bolsonaro também voltou a falar, nesta sexta-feira, sobre a determinação de que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, faça um estudo para justificar a ideia de liberar vacinados e aqueles que já foram contaminados pela Covid-19 do uso de máscaras.

Diversos países do mundo têm flexibilizado a obrigatoriedade do equipamento de segurança em áreas abertas para estimular a população a se vacinar, mas em todos esses locais, o percentual de imunizados é muito maior do que no Brasil. Bolsonaro reconhece que foi o único chefe de estado do mundo que teve uma postura diferente dos demais, mas alega que todas as medidas que tomou se provaram efetivas e eficazes. “Eu pedi um estudo para o Queiroga de quem já foi contaminado ou vacinado não deve ser obrigado a máscara. Vários estados americanos estão fazendo, alguns países também. Se deixar, vai ficar a vida toda nisso aí”, afirmou. Em meio aos quase 500 mil mortos pela Covid-19 no país, o presidente Jair Bolsonaro argumenta que ‘meteram o pavor na cabeça do povo’ e que é preciso “enfrentar a pandemia”.

*Com informações do repórter Antônio Maldonado

 

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