Brasil adota práticas de compliance, mas ainda há lacunas, aponta Transparência Internacional
Um estudo inédito da Transparência Internacional, focado no setor privado, aponta que o Brasil responde à Operação Lava Jato e já começa a adotar práticas mais limpas, mas algumas lacunas ainda persistem.
Esse trabalho foi feito com a contribuição técnica da FGV-RJ e usou 48 indicadores para avaliar o quanto o Brasil está apto para punir e prevenir atos de corrupção na área empresarial.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o coordenador do Programa de Integridade em Mercados Emergentes da Transparência Internacional, Guilherme Donegá, afirmou que a publicação também avalia os avanços nos setores públicos e privados do combate à corrupção.
“O que conseguimos identificar é que o Brasil vem avançando, o aspecto legislativo brasileiro está alinhado com práticas internacionais, mas é importante dar o próximo passo sobre a corrupção privada, proteção de denunciantes de boa-fé e outros pontos”, disse.
Segundo Donegá, a aprovação da Lei Anticorrupção, em 2013, foi um grande motivador para a criação de programas de compliance em empresas privadas, e é importante que o processo continue. “Em alguns aspectos as empresas vem sendo transparentes, de algum tempo para cá, passou a ser importante para empresas transmitirem mensagem de atividades íntegras. Mas pode melhorar ainda a divulgação de aspectos de monitoramento, como divulgação de estruturas societárias corporativas assim como relatórios financeiros”, explicou.
Confira a entrevista completa com o coordenador do Programa de Integridade em Mercados Emergentes da Transparência Internacional, Guilherme Donegá:
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