Brasil, Turquia e mais 50 países pedem à ONU suspensão do envio de armas a Israel

Movimento foi anunciado pelo Ministério de Relações Exteriores da Turquia; Liga Árabe e a Organização para a Cooperação Islâmica estão entre as entidades que endossaram o pedido

  • Por Jovem Pan
  • 04/11/2024 14h18
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WAEL HAMZEH/EFE/EPA Trabalhadores descarregam suprimentos de ajuda fornecidos pela Turquia de um navio de carga no porto de Beirute, Líbano Trabalhadores descarregam suprimentos de ajuda fornecidos pela Turquia de um navio de carga no porto de Beirute, no Líbano

O governo brasileiro, em uma ação conjunta com a Turquia e mais 50 nações, assinou um pedido formal para que a comunidade internacional interrompa o fornecimento de armamentos a Israel. Este movimento foi anunciado pelo Ministério de Relações Exteriores da Turquia, com o chanceler Hakan Fidan divulgando a iniciativa durante uma visita oficial ao Djibuti, na África. A carta, que reúne 54 assinaturas, incluindo duas organizações, foi entregue à ONU na última sexta-feira (1º). O representante turco destacou que ações semelhantes serão tomadas sempre que houver vendas de armas a Israel, argumentando que tal fornecimento equivale a participar de genocídio.

Além do Brasil e da Turquia, a iniciativa foi apoiada por países como Arábia Saudita, China, Irã, Rússia e Argélia. A Liga Árabe e a Organização para a Cooperação Islâmica também estão entre as entidades que endossaram o pedido. Em outubro, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, já havia solicitado à ONU um embargo de armas a Israel, considerando a medida crucial para encerrar o conflito entre o grupo terrorista Hamas e o Estado judeu na Faixa de Gaza. O governo brasileiro, por sua vez, já expressou críticas às ações militares de Israel em Gaza e no Líbano, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparando a ofensiva israelense ao Holocausto nazista.

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A declaração de Lula provocou reações intensas, com o governo de Israel e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu criticando severamente o líder brasileiro. Em resposta, Lula foi declarado persona non grata em Israel, e o embaixador do Brasil em Tel Aviv foi convocado para uma reprimenda pública. Este gesto foi visto como uma provocação de Israel contra o Brasil, levando o governo brasileiro a retirar seu embaixador do país.

*Com informações de Daniel Caniato

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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