Caixa reforça aposta no agronegócio com ampliação do crédito e abertura de agências exclusivas

Presidente do Banco explica que o foco será social no pequeno produtor; serão liberados R$ 6,3 bilhões para o Pronampe

  • Por Jovem Pan
  • 06/07/2021 09h55 - Atualizado em 07/07/2021 10h09
Marcelo Camargo/Agência Brasil Agência da Caixa Econômica Federal Caixa Econômica abrirá uma série de 80 agências com foco no agronegócio

A Caixa Econômica Federal pretende ampliar fortemente sua participação no agronegócio. O banco abriu em Dourados, Mato Grosso do Sul, a primeira de uma série de 80 agências com foco no setor, dentro de uma expansão de 250 novas agências. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, explica que o foco será social no pequeno produtor. “Se nós pensarmos nos próximos 50 anos, qual será a vantagem comparativa da economia brasileira? O agronegócio. Há uma demanda crescente, em especial na Índia, na China, e o único país do mundo que tem capacidade de ofertar, de continuar com o crescimento, é o Brasil. Então, a Caixa vai se posicionar para ser decisiva nesse segmento. Antes dessa gestão, a Caixa tinha uma carteira de R$ 2 bilhões. Nos próximos 12 meses, serão R$ 35 bilhões, um aumento de 18 vezes. Em dois anos queremos chegar aos R$ 100 bilhões. E qual o foco? O pequeno agricultor, o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e naquilo que faz a ação das propriedades, armazéns, silos, a parte toda de irrigação”, disse Guimarães.

O presidente da Caixa liberou R$ 6,3 bilhões para o Pronampe, voltado aos pequenos empresários. Em 2020, foram 300 mil empréstimos. E nesta etapa, são esperados 100 mil financiamentos. “Você continua por 48 meses. Agora são 11 meses de carência, ou seja, você só vai pagar no 12º mês, e a taxa de juros é a Selic, básica do Banco Central, mais até 6% ao ano. Essa é uma taxa muito inferior ao que qualquer micro e pequena empresa tinha acesso antes. E nessa primeira fase, serão R$ 6,3 bilhões, mas nós imaginamos que iremos emprestar R$ 10 bilhões. E por quê? porque a Caixa tem um foco nesse segmento e hoje nós já liberamos quase R$ 3 bilhões”, explicou o presidente da Caixa. Pedro Guimarães reforça que, mesmo na pandemia em 2020, a Caixa teve recorde no financiamento imobiliário com R$ 116 bilhões e há um crescimento de 40% em 2021.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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