Cancelamento do GP Brasil impacta torcedores e moradores de Interlagos
No ano passado, o evento rendeu R$ 361 milhões para a cidade de São Paulo; neste ano, a Fórmula 1 cancelou também os prêmios dos Estados Unidos, Canadá e México
O anúncio do cancelamento do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 na sexta-feira (24) pegou os fãs do automobilismo de surpresa. O campeonato mundial está em andamento com corridas na Europa depois de um período de paralisação por causa da pandemia da Covid-19. Por causa disso, alguns apaixonados pela velocidade já se organizavam para conferir a corrida em São Paulo, mas agora vão ter que deixar para o ano que vem. Esse é caso dos empresários Roberta Schroeder e Daniel Santos, que viajam da Bahia para a capital paulista anualmente para acompanhar o evento. Para não perder o dinheiro investido, o casal vai aproveitar o tempo em São Paulo para fazer compras para a empresa de roupas que eles mantêm em Salvador. Mesmo assim, Roberta e Daniel explicam que iriam ao GP mesmo durante a pandemia.
Mas não foi só para os pilotos e para os fãs do evento que o cancelamento do Grande Prêmio do Brasil foi uma má notícia. A dona de uma padaria nos arredores do Autódromo de Interlagos estava reformando o estabelecimento para atender o público da corrida dentro dos protocolos da pandemia. Agora, Cristiane Feitosa ela vai ficar sem o faturamento que esperava para pagar as obras.
Além da Fórmula 1, outros eventos importantes para São Paulo, como a Parada LGBT+ e o Reveillon da Avenida Paulista também foram cancelados; já o Carnaval 2021 terá a data alterada. Para Marcos Vilas Boas, proprietário de um hotel e vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, o importante para todos os setores envolvidos na programação de eventos da cidade é a previsibilidade. No ano passado, o Grande Prêmio do Brasil rendeu R$ 361 milhões para a cidade de São Paulo. A Fórmula 1 não cancelou somente a prova que acontece anualmente aqui, no Autódromo de Interlagos, mas também os prêmios dos Estados Unidos, Canadá e México.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini
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