‘Carta de Bolsonaro a Biden indica início de diálogo frutífero’, afirma embaixador dos EUA

Todd Chapman reforçou que novo presidente dos EUA tem o desafio de unificar o país

  • Por Jovem Pan
  • 21/01/2021 09h17
EFE/EPA/Patrick Semansky / POOL Sobre uma atenção especial ao Brasil, Todd Chapman alegou que o presidente dos EUA tem muitos temas para tratar

O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, acredita que o momento de transição política nos EUA após a posse de Joe Biden é de oportunidade para edificar novas áreas de cooperação, diálogo e incorporar novos interesses de ambos lados. “É um momento de expandir diálogo e entender um ao outro, falar sobre temas nacionais.” Para ele, a carta que o presidente Jair Bolsonaro enviou ao novo presidente norte-americano é o início do que tende a ser um diálogo frutífero.

“Temos todas expectativas de que vamos poder abraçar temas importantes para os dois lados.” Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Chapman destacou que o meio ambiente é um tema do interesse de Joe Biden e isso foi reforçado por um dos seus primeiros atos ter sido voltar a fazer parte do Acordo de Paris. Para ele, é o momento de discutir e expandir o diálogo para chegar em um entendimento que beneficie os dois países.

Sobre uma atenção especial ao Brasil, Todd Chapman alegou que o presidente dos EUA tem muitos temas para tratar neste início de mandato — a começar pelo coronavírus e demais assuntos econômicos. “Ele terá uma agenda cheia, não posso dizer exatamente como e quando. Mas tem uma equipe dele com muita experiência em América Latina que indica que o diálogo será fluído. O importante é que vá para frente. É apenas o primeiro dia da administração e ainda tem muito o que conversar. Vamos trabalhar com base nos interesses nacionais do Brasil e dos EUA.”

Todd Chapman afirmou que Joe Biden foi muito claro no seu primeiro discurso e que ele chama os americanos para a unidade. “Isso é muito importante. Temos um histórico de rivalidades políticas, estamos acostumados a debater forte porque é isso o que diz a nossa Constituição. Mas a divisão não é boa. Podemos debater, mas o chamado do nosso presidente é para unir os americanos neste tempo de ameaças e de uma pandemia que ninguém queria, mas tem que lidar.” Questionado sobre a relação com a Venezuela, Todd Chapman foi enfático ao dizer que a democracia no hemisfério vai ser uma prioridade bastante alta.

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