Catalunha parece encurralada dentro de suas próprias ambições

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan em Londres
  • 13/10/2017 10h15 - Atualizado em 13/10/2017 10h19
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EFE/Kiko Huesca Funcionário prepara tribuna para autoridades espanholaas durante o Dia da Festa Nacional nesta quinta (12)

A Espanha segue em compasso de espera até um desfecho para a questão separatista da Catalunha.

O governo de Barcelona tem até a próxima segunda-feira para deixar claro ao governo de Madri se declarou ou não independência.

Esse foi o prazo dado pelo primeiro-ministro Mariano Rajoy antes de tomar uma medida mais drástica para resolver a questão: leia-se, intervir na autonomia regional.

O problema é que quanto mais o tempo passa mais complicada fica a situação da Catalunha.

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s avalia que a região será a grande prejudicada ao final deste impasse que não deve terminar com um estado independente.

Para a S&P, a Catalunha pode inclusive entrar em recessão econômica por causa da queda do consumo como consequência das incertezas políticas e também da fuga de grandes companhias da região.

Segundo o jornal El País, as reservas nos hotéis catalães caíram 30% no último mês. Até os navios de cruzeiro estão desviando de Barcelona nas últimas semanas, o que também não é algo necessariamente ruim se levarmos em conta o que os moradores da cidade acham desse tipo de visitante.

Mas está claro que a causa separatista catalã está sendo asfixiada a cada minuto e dificilmente será concretizada com sucesso.

O governo de Madri jogou um jogo pesado contra os planos catalães, que acabaram encurralados dentro de suas próprias ambições.

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