Ciro Nogueira descarta integrar chapa de Bolsonaro e afirma que vice deve ser decidido em abril
Ministro-chefe da Casa Civil defende que nome escolhido seja de alguém de ‘extrema confiança’ para não trazer inseguranças e conflitos ao futuro governo
O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, negou a possibilidade de integrar uma chapa com o presidente Jair Bolsonaro para disputar as eleições deste ano. Embora reconheça seu apoio à reeleição do mandatário, o político negou que seu nome seja discutido para o cargo de vice. Na avaliação de Ciro, a escolha deve acontecer nos próximos meses e o presidente deve optar por alguém de confiança. “Defendo que a pessoa que seja escolhida seja de extrema confiança, que dê tranquilidade para o presidente e não seja uma pessoa que venha trazer insegurança e conflitos no futuro governo. Defendo que seja de total confiança. Até hoje, o presidente não fez nenhum convite ou fez sondagem. Essa escolha devemos fazer lá no mês de abril”, afirmou o ministro ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, negando também a possibilidade de concorrer a outros cargos no próximo pleito.
Embora descarte saída do governo, Ciro reconhece que 10 ministros do governo já avaliam a entrega dos cargos para se dedicarem às eleições, o que deve acontecer nos próximos meses. Ainda sobre a disputa eleitoral, o ministro vê o cenário já consolidado, com poucas chances de um candidato da terceira via alavancar. “São duas candidaturas já consolidadas. Há um certo desespero de candidatos que não estão se viabilizando para a terceira via, que poderia ter viabilidade se houvesse união. Com a fragmentação e dois candidatos com um terço do eleitorado, não vejo possibilidade de não termos Bolsonaro e Lula no segundo turno”, pontuou.
‘Se não fosse o governo, Bahia estaria um caos’
Ainda na entrevista, o ministro falou sobre as fortes chuvas que atingem diversas regiões do país, como a Bahia e Minas Gerais, por exemplo. Ciro destacou os valores enviados aos Estados para socorro da população atingida e criticou as disputas políticas sobre o tema. “Tivemos um problema político, o governador [da Bahia, Rui Castro] quis problematizar a tragédia. Se não fosse o governo, a Bahia estaria um caos. Foi fruto de investimento, foram recursos significativos que hoje a população está consciente que quem socorreu às vítimas foi o governo federal, principalmente com o ministro João Roma”, finalizou. Em Minas Gerais, ao menos 145 sofrem com reflexos da chuva, que deve continuar atingindo a região nesta terça-feira, 11. A avaliação é que ao menos 20% dos municípios mineiros vivem cenário crítico e há riscos para a segurança das pessoas.
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