‘Com fim do auxílio emergencial, novo programa da Caixa mira invisíveis’, diz Pedro Guimarães

Presidente do banco considera que a proposta é uma ‘grande revolução’ e afirmou que beneficiários do Bolsa Família não terão acesso às linhas de crédito: ‘Não é uma transferência de renda’

  • Por Jovem Pan
  • 28/09/2021 09h14 - Atualizado em 28/09/2021 10h47
Marcelo Camargo/Agência Brasil Pedro Guimarães é o atual presidente da Caixa Econômica Federal De acordo com o presidente da Caixa, beneficiários do auxílio emergencial terão acesso ao programa de crédito

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta segunda-feira, 27, o novo programa de microcrédito, que vai oferecer opções de empréstimos com valores de R$ 300 a R$ 1.000, com juros de 3,99% ao ano, para 100 milhões de pessoas, segundo expectativa do governo. A intenção das novas linhas ofertadas é garantir que pessoas sem carteira assinada e sem histórico de crédito possam ter alternativas, explica o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. “É muito importante, é uma grande revolução. Temos dezenas de milhões de brasileiros que não conseguem emprestar dinheiro. Essa [linha de crédito] com juros mais baixos vem para quem tem carteira assinada, histórico no Serasa. Nesse caso, são os invisíveis, 38 milhões de pessoas que não estavam no mercado formal e tomam crédito a 20% [ao ano]. Esse é o foco dessa linha”, afirmou em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.

A proposta, segundo Guimarães, é que as opções sejam apresentadas de forma escalonada, respeitando o mês de nascimento do solicitante. Atualmente, pessoas nascidas em janeiro e fevereiro já podem fazer o pedido, que acontece de maneira exclusiva pelo aplicativo Caixa Tem. De acordo com o presidente da Caixa, beneficiários do auxílio emergencial terão acesso ao programa, mas pessoas cadastradas no Bolsa Família não poderão fazer a solicitação. “Como são pessoas normalmente muito carentes, que têm uma renda muito baixa, não vamos oferecer o crédito, porque crédito, como o próprio nome diz, não é uma transferência de renda. É a expectativa do banco de receber de volta. Nós colocamos agora [o programa] porque o auxílio está terminando. Então para tomar esse crédito, a pessoa já vai ter recebido a última parcela do auxílio. Logo, não teremos coincidência [entre os pagamentos].”

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