Com mais de 7 mil internados, São Paulo tem fila de espera por vagas em UTIs
Atualmente, segundo Jean Gorinchteyn, a espera para um leito de terapia intensiva é de, no máximo, 48 horas
A média móvel de internações pela Covid-19 da última semana epidemiológica cresceu mais de 18% no Estado de São Paulo. No momento, 7.173 pacientes estão internados em leitos de terapia intensiva e há fila de espera. Segundo o secretário de saúde Jean Gorinchteyn, a espera é de no máximo 48 horas, tempo de remanejar quem está em uma cidade com a capacidade esgotada para uma região que possa acolher. Diante o cenário preocupante, ele reforçou o pedido de apoio da população, especialmente os jovens. “A pandemia ela retornou com uma velocidade e uma característica clínica diferente daquela que nós observamos na primeira onda. São pacientes mais jovens, pacientes que têm sua condição clínica muito mais comprometida e, o pior, são pacientes que acabam permanecendo por um período muito mais prolongado nas unidades de terapia intensiva.”
Três hospitais de campanha já foram retomados no interior e um na capital, que fica dentro do ambulatório de especialidades de Heliópolis. Medidas mais rigorosas, como uma fase ainda mais restritiva do Plano São Paulo, seguem em análise pelo Centro de Contingência da Covid-19, segundo o coordenador, Dr. Paulo Menezes. “O Centro de Contingência está discutindo que recomendações fará para o governo. Acredito que vai ser no sentido de maior restrição na maior parte do Estado. Estamos discutindo outras possibilidades, especificamente a possibilidade de ter uma classificação mais restritiva do que a vermelha”, disse. O governo também divulgou um balanço do primeiro final de semana com toque de restrição: a força tarefa envolvendo Policia Militar, Procon e Vigilância Sanitária no combate às festas clandestinas. Ao todo, 286 estabelecimentos foram multados em todo o Estado. A diretora técnica da Vigilância Sanitária Estadual, Maria Cristina Megid, disse que o número surpreendeu as equipes. “Os próprios fiscais ficaram assustados de ver o número de estabelecimentos abertos e o número de pessoas como se não houvesse amanhã. A situação está muito crítica e caótica né”, disse. O toque de restrição segue até o dia 14 de março.
*Com informações da repórter Carolina Abelin
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