Ocupação de leitos de UTI ultrapassa 80% em 19 Estados, diz pesquisadora da Fiocruz

Próxima atualização do boletim da Fundação será publicada na semana que vem; país vive o auge da pandemia de Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 01/03/2021 22h56 - Atualizado em 01/03/2021 23h11
Sandro Pereira/Estadão Conteúdo Médicos com pessoas isoladas em UTIs Ocupação dos leitos de UTI está aumentando nos últimos dias

Em meio ao aumento de casos da Covid-19, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) constatou que 18 Estados e o Distrito Federal estão com ocupação de leitos de UTI destinados à doença acima de 80%. A informação foi confirmada pela Jovem Pan junto à pesquisadora Margareth Portela.  Na semana que vem, a fundação deverá publicar um novo boletim sobre a situação dos leitos ao redor do país. Na última atualização, feita na semana passada, 12 Estados estavam com mais de 80% de ocupação nos leitos, além de 17 capitais. A capital com a pior situação no último boletim era Porto Velho, onde 100% dos leitos estavam ocupados. Segundo a pesquisadora, os Estados que estão com a situação mais crítica são Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondonia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins. “Estão com menos de 80%: Amapá, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo”, disse a pesquisadora, que continuou, afirmando que quase todas as unidades federativas estão em uma “situação crítica”.

O apontamento é feito em meio ao momento mais crítico da pandemia no Brasil até o momento. A elevação da ocupação de leitos de UTI fez com que os secretários de saúde, através de carta assinada por Carlos Lula, presidente do CONASS, manifestassem desejo por medidas mais restritivas para combater o aumento no contágio. Dentre as medidas defendidas no comunicado, está o toque de recolher nacional entre das 20h às 6h. Além disso, medidas como fechamento de bares e praias, suspensão de shows e atividades que gerem aglomeração e a adoção de trabalho remoto estão entre as recomendações dadas pelo CONASS. Segundo o conselho, o Brasil tem 10.587.001 casos e 255.720 mortes causadas pela doença.

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