Com volta da chuva, Bolsonaro promete ‘mandar ministro’ baixar bandeira da conta de luz

Decisão final será tomada pela Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética, que é formada apenas por ministros do governo

  • Por Jovem Pan
  • 15/10/2021 07h25 - Atualizado em 15/10/2021 10h24
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Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo De traje social, o presidente Jair Bolsonaro acena O presidente Jair Bolsonaro quer que mudança na bandeira tarifária seja aplicada a partir de novembro

O presidente Jair Bolsonaro avisou que pretende conversar com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sobre a suspensão da aplicação da bandeira tarifária, que incide sobre o preço da conta de luz no país. Vale lembrar, no entanto, que quem define a questão é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) levando em consideração o custo da geração de energia. Mas como esse ano é atípico, a decisão final, na verdade, vai ser tomada pela Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG), que é formada apenas por ministros. Foi o órgão que determinou o custo da atual bandeira tarifária vermelha e definiu a validade até abril do ano que vem.

Mesmo assim, o presidente da República afirmou que, com as chuvas que começam a cair, a situação parece estar melhorando. “Dói a gente autorizar o ministro Bento, das Minas e Energia: ‘Decreta bandeira vermelha’. Dói no coração. Sabemos das dificuldades da energia elétrica. Vou pedir para ele — pedir não, determinar — que ele volte para a bandeira normal a partir do mês que vem”, disse Bolsonaro. O presidente também criticou a decisão da Argentina, que adotou o congelamento de preços como forma de controlar a inflação. O chefe do Executivo lembrou que a experiência nacional com o congelamento não foi nada boa e por isso voltou a descartar a medida. Segundo Bolsonaro, não há como resolver problemas econômicos na “canetada”. “Com o tabelamento de preço, o que acontece com o produto? Ele some da prateleira. Passa a ser vendido por fora no câmbio negro como se fosse droga, com o preço lá em cima. Isso não dá certo”, afirmou.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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