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Com fluxo baixo de passageiros, companhias aéreas apostam no transporte de cargas para minimizar prejuízos

Justiça pede parecer do TCU sobre redução no valor dos descontos das tarifas ofertadas pelas companhias aéreas

Com caixas combalidos e grande parte das aeronaves no chão, as companhias aéreas estão recorrendo ao transporte de cargas para minimizar os danos causados pela pandemia numa das áreas mais afetadas pela paralisação. A crise do coronavírus levará o setor aéreo ao prejuízo anual recorde de US$ 84 bilhões, marcando 2020 como o pior ano da história da aviação mundial segundo a Iata, Associação Internacional de Transporte Aéreo.  A quarentena fez com que os passageiros desaparecem dos aeroportos em todo planeta. O ânimo das empresas aéreas têm sido em relação ao transporte de correspondências e mercadorias. Enquanto a demanda de usuários no mercado doméstico brasileiro recuou 89,9% entre abril e junho, a movimentação de cargas por aviões teve uma queda mais leve, de 63%, de acordo com dados da Anac.

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O analista de aviação, Cláudio Magnavita destaca que o meio teve um papel fundamental no período mais agudo da crise. “A carga é um insumo fundamental para as companhias. E agora que os passageiros sumiram, elas ganharam um papel mais relevante. Durante a pandemia, no período mais duro da pandemia, foram as companhias aéreas, por meio de voos especiais, que permitiram a chegada de respiradores, máscaras e outros insumos necessários para a saúde. Foi um verdadeiro serviço social que a aviação comercial prestou para todo o planeta, permitindo o abastecimento de regiões que estavam completamente isoladas”, diz. Apesar da redução no volume, algumas companhias conseguiram crescer na receita com carga e começam a pensar em produtos específicos para o segmento em uma tentativa de manter o ritmo de expansão no pós-crise. O jeito tem sido modificar as configurações de aeronaves a fim ampliar os compartimentos destinados às cargas, ou voar com aviões maiores que transportam mais toneladas de carregamentos em seus porões.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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