Complexo do Ibirapuera está ‘obsoleto’ e carece de ‘completa reformulação’, diz secretário de Esportes

Aildo Ferreira afirma que adiscussão sobre o tombamento é ‘página virada’

  • Por Jovem Pan
  • 07/12/2020 08h59 - Atualizado em 07/12/2020 10h39
Divulgação/Governo de SP Complexo do Ibirapuera Neste domingo, 6, atletas e ex-atletas protestaram contra a concessão do espaço

O governo do Estado de São Paulo dará continuidade ao processo de concessão do Complexo do Ibirapuera, localizado na capital paulista. A afirmação foi feita pelo secretário de Esportes do estado, Aildo Ferreira, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 7. Segundo ele, a iniciativa busca trazer melhorias para a estrutura local, que está obsoleta. “Todo processo de concessão visa trazer melhorias para o Complexo, que é um equipamento gigantesco com vários equipamentos, a maioria obsoletos, ginágio antigo e ultrapassado, com uma estrutura não suporta o peso do teto para colocação de equipamentos. O Complexo carece de uma completa reformulação”, afirma. A proposta da concessão, explica Aildo Ferreira, é que o ginásio dê espaço para a construção de uma arena multiuso com capacidade prevista para 20 mil pessoas, garantindo que a função social local não seja alterada.

A região do Complexo do Ibirapuera foi palco, neste domingo, 6, de protestos. Atletas e ex-atletas pedem a proibição da concessão do espaço. A possibilidade surge após o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) rejeitar o tombamento do local. Os manifestantes, entre eles ex-atletas medalhistas como Marren Maggi e Aurélio Miguel, alegam que o local deve ser patrimônio histórico e cultural e, por isso, não deve ser concedido à iniciativa privada, o que causa estranheza ao governo estadual. “Com relação ao toombamento é pagina virada. Nos causa estranheza essa questão do Complexo se tornar agora um patrimônio histórico e cultural. O tombamento não é o caso, vamos seguir com processo de concessão”, garante o secretário. Segundo ele, com o processo de concessão, outras atividades serão admitidas o local, como a existência de pontos comerciais, de lazer e entretenimento, mantendo, mesmo assim, a utilização gratuita dos espaços pela população.

Quanto a possibilidade da construção de prédios no local, assunto que preocupa e desagrada moradores da região, Aildo Ferreira lembra que a concessão “não é um empreendimento imobiliário“, embora reconheça propostas de “equipamentos de moradia provisória”, como hotéis e flats, podem ser adotadas. “Existe um projeto referencial feito para que haja calculo da viabilidade econômica. A partir da publicação do edital, do recebimento dos envelopes e conhecendo a vencedora é que teremos o projeto final. Mas as exigências mínimas do edital e da lei serão cumpridas. Obedecendo isso, a empresa será livre para apresentar esse projeto. Não é um empreendimento imobiliario, não  vai virar prédio de apartamentos. Pode ser que o ganhador da concessão aprsente uma proposta de quipamentos de moradia provisória, como hotel, flat, centro de convenções, mas não é um empreendimento imobiliário.”

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