Conselho arquiva representações contra Eduardo Bolsonaro por falas sobre AI-5

Por 12 votos a 5, o colegiado da Câmara dos Deputados aprovou parecer pelo arquivamento dos casos contra o parlamentar

  • Por Jovem Pan
  • 09/04/2021 07h29 - Atualizado em 09/04/2021 09h43
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Vinicius Loures/Câmara dos Deputados eduardo Eduardo Bolsonaro analisou, na época, os protestos em países da América Latina, como o Chile

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados descartou ação contra Eduardo Bolsonaro. PSOL, Rede, PT e PCdoB entraram com duas representações contra o parlamentar do PSL após entrevista em outubro de 2019, na qual o deputado afirmou que se a esquerda radicalizasse, a resposta do governo poderia ser um ‘novo AI-5’. A deputada do PSOL, Fernanda Melchionna, solicitou, sem sucesso, o impedimento do relator do caso, o deputado Igor Timo. “Um parlamentar que rasga a Constituição, que defende a ditadura civil militar, que na prática defende torturas e todas as violações de Direito Humanos cometidos pelo Ato Institucional 5, óbvio, deveria ser processo de cassação.”

Igor Timo apresentou parecer pelo arquivamento dos casos. O deputado explicou a razão de procurar Jair Bolsonaro. “Procurei o presidente para que ele se manifestasse sobre os recursos destinados por ele. Então não há nenhum tipo de relação anterior, deixo isso muito claro, deputada Fernanda. É importante termos equilíbrio nas nossas decisões”, disse. O filho do chefe do Executivo se diz vítima da esquerda. “As minhas falas não configuram, de maneira nenhuma, uma questão de quebra de decoro, foi durante uma entrevista, um debate normal. E, além disso, dizer que estou sendo vítima de calúnia. Ouvi diversos deputados falaram  repetirem que eu faço campanha pelo fechamento do STF, falarem que eu defendo o fechamento do Congresso, mentira. Para os meus adversários políticos de esquerda, a ética deles é fazer o vale tudo para alcançar os seus objetivos políticos”, afirmou. Eduardo Bolsonaro analisou, na época, os protestos em países da América Latina, como o Chile. Por 12 votos a 5, o Conselho de Ética da Câmara aprovou o parecer pelo arquivamento das representações contra o parlamentar.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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