Conservador é favorito na eleição presidencial desta sexta-feira no Irã
Vitória do chefe do judiciário, Ebrahim Raisi, é considerada praticamente certa; expectativa é que apenas 40% dos eleitores participem do pleito, menor índice desde a revolução de 1979
O Irã vai conhecer nesta sexta-feira, 18, o novo líder do país. Apesar do resultado ainda estar em aberto, a vitória do chefe do judiciário, o conservador Ebrahim Raisi, é praticamente certa, sendo então o sucessor do atual presidente Hassan Rouhani. No entanto, aparentemente, a população não está animada com as eleições presidenciais. De acordo com pesquisas de opinião, o comparecimento deve ser o menor desde a revolução de 1979, com participação de 40% dos eleitores. As análises apontam que Raisi deve ser eleito no primeiro turno, com pouco mais de 60% dos votos. Na disputa deste ano ano, mais uma vez, o Conselho de Guardiões barrou o nome de candidatos. Foram vetados nomes importantes, como o do ex-presidente do legislativo Ali Larijani, o ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad e um dos atuais vice-presidentes, Eshaq Jahangiri, que era o candidato do atual mandatário, Hassan Rowhani.
O órgão é responsável por garantir que as leis do parlamento estejam de acordo com as normas islâmicas, sendo influenciado pelo Aiatolá Ali Khamenei, maior autoridade do país. Atualmente, além da crise mundial provocada pelo coronavírus, o Irã está imerso em uma séria crise econômica causada, também, por sanções impostas pelos Estados Unidos. Em 2018, durante o governo de Donald Trump, Washington saiu do acordo nuclear com Teerã e retomou os embargos contra o país persa. Em abril, o governo de Joe Biden já deu os primeiros passos para voltar às negociações sobre o tratado. Além disso, por três anos consecutivos, o Irã enfrentou recessões acima de 6%.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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