Covas entrega à Câmara projeto para manter auxílio emergencial até abril

Segundo o prefeito, cerca de 1,2 milhão de pessoas serão beneficiadas com a prorrogação do benefício

  • Por Jovem Pan
  • 05/02/2021 10h48
ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO homem careca de terno cinza usando máscara azul e sentado em cadeira De acordo com o município, a prorrogação vai custar R$ 400 milhões aos cofres públicos

Apesar de restrições orçamentárias, prefeitura de São Paulo entrega à Câmara Municipal projeto para manter pagamento de auxílio emergencial até abril. A medida prevê repasse de R$ 100 a moradores carentes cadastrados em programas sociais, como Bolsa Família. De acordo com o município, a prorrogação vai custar R$ 400 milhões aos cofres públicos. A lei em vigor foi sancionada em 12 de novembro e estipulava o pagamento por três meses, com encerramento em janeiro. Na época, a matéria, aprovada pelos vereadores, tinha origem na proposta de renda básica de 2016, ainda da gestão Fernando Haddad. Nesta quinta-feira, 04, Bruno Covas recebeu uma comitiva da Câmara na prefeitura e fez um apelo aos parlamentares. “É importante a gente ter a certeza de que esses programas de transferências de renda são programas que fazem a gente deixar de pé a premissa de não deixar ninguém passar fome na cidade de São Paulo. É esse voto de confiança e esse apoio que a prefeitura pede para que a Câmara Municipal aprove esse projeto que é um projeto de interesse da cidade de São Paulo”, disse. Segundo o prefeito, cerca de 1,2 milhão de pessoas serão beneficiadas com a prorrogação do auxílio.

A vice-presidente da Câmara, Rute Costa (PSDB), promete rapidez para aprovar o projeto. “Trabalhares incessantemente e prioritariamente pela aprovação da prorrogação do auxílio para o maior número de pessoas e com o máximo de recurso possível para garantir, que mesmo em meio a essa tormenta que estamos passando, a população carente possa ter uma vida mais digna”, afirmou. Ela destaca que o auxílio já beneficiou milhares de famílias na capital. Apesar de defender a medida, o vereador Fernando Holiday, do Patriota, lembra que o projeto, em 2020, tinha fins eleitoreiros. “Quando Bruno Covas instituiu pela primeira vez o auxílio paulistano na Prefeitura de São Paulo para quem mais precisa fez de forma grotesca, eleitoreira. Não tinha feito no momento que os paulistanos mais precisavam, mas naquele momento estava desesperado por ganhar a eleição, especialmente o segundo turno. Nesse momento, a prorrogação do auxílio realmente é essencial”, pontuou, ressaltando que o dinheiro pode ajudar os pequenos comerciantes em situação difícil na cidade. A matéria que prorroga o auxílio, em São Paulo, tem de passar por comissões da Câmara e depois ser votada em dois turnos.

*Com informações do repórter Vitor Brown

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