CPI da Covid-19 deve ouvir Mandetta, Teich, Pazuello e Marcelo Queiroga
Depoimento do presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, também é dado como certo; colegiado vota o plano de trabalho nesta quinta-feira (29)
Mais de 250 requerimentos de convocação, convite e pedidos de informação foram protocolados na CPI da Covid-19. O colegiado se reúne nesta quinta-feira, 29, para votar o plano de trabalho. A partir daí, fica traçada a relação de quem os senadores devem ouvir. A comissão também deve aprovar a lista com onze prioridades traçada pelo relator, o senador Renan Calheiros. Entre elas, processos relacionados às aquisições de vacinas e insumos e a postura do governo em temas como “isolamento social, quarentena e proteção da coletividade”. Pelo menos cinco depoimentos são dados como certos: os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, o atual ministro, Marcelo Queiroga, e o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres.
Também existem pedidos de convocação de seis ministros, como o da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e o da Defesa, Walter Braga Netto, além do ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Autoridades de outros órgãos do governo, como a Secom e a Funai, também estão na lista. Já os senadores governistas querem depoimentos de governadores. João Doria, de São Paulo; Wilson Lima, do Amazonas; e Rui Costa, da Bahia, podem aparecer entre os depoentes. Os membros da CPI ainda não decidiram se vão ouvir o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Segundo o senador Randolfe Rodrigues, isso vai ser definido posteriormente. “Se for necessário chamar Paulo Guedes, isso vai depender da conveniência dos fatos a serem investigados. Se os fatos levarem a necessidade de chamar, tanto o relator quanto nós votaremos pela convocação.” Renan Calheiros pediu informações de dois inquéritos do Supremo Tribunal Federal: o das fake news e o dos atos antidemocráticos, ambos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes. O relator requer provas e documentos sobre “a disseminação de informações falsas relacionadas à pandemia ou que incentivem aglomerações ou desrespeito às medidas sanitárias.” Também foram pedidos documentos da CPMI das Fake News que tenham correlação com a pandemia.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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