Deltan Dallagnol depõe à PF, e defesa pede fim do sigilo do inquérito contra o deputado cassado

De acordo com os advogados de Dallagnol, ele não se recusou a responder nenhum questionamento durante a oitiva desta segunda-feira, 5; nesta terça-feira, 6, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados deve apreciar o processo de cassação do parlamentar

  • Por Jovem Pan
  • 06/06/2023 07h02 - Atualizado em 06/06/2023 13h28
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados Deltan Dallagnol Deputado federal cassado por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Deltan Dallagnol (Podemos-PR) durante sessão deliberativa na Câmara dos Deputados

O deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos) passou por uma oitiva da Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira, 5. O depoimento começou às 11h da manhã e durou uma hora e meia. De acordo com os advogados de Dallagnol, ele não se recusou a responder nenhum questionamento durante o depoimento. A partir de agora, a defesa aguarda que seja retirado o sigilo do inquérito que apura críticas feitas pelo ex-procurador aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O relator do inquérito é o ministro Alexandre de Moraes. Nesta terça-feira, 6, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados deve apreciar o processo de cassação do deputado e confirmar a decisão do TSE. A defesa solicita que a Casa legislativa não acate a decisão da Corte Eleitoral e que a Câmara aguarde o trânsito julgado dos autores do recurso no STF. Dallagnol, que atuou chefe da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal do Paraná, alega que a cassação de trata de uma perseguição política.

Em decisão unânime, o TSE cassou o mandato do deputado federal, no dia 16 de maio, sob o entendimento de que a saída de Deltan do cargo de ex-procurador da República ocorreu de maneira irregular, já que o mesmo era alvo de 15 procedimentos administrativos do Conselho Nacional do Ministério Público que poderiam lhe render processo administrativo disciplinar (PAD) e torná-lo inelegível. Por ter antecipado sua saída do cargo público, o TSE enxergou uma manobra para fraudar a lei. O parlamentar tem feito uma série de protestos contra a cassação do mandato e alega que milhares de eleitores foram silenciados pela decisão.

*Com informações do repórter Bruno Pinheiro

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