Duração de furacões aumenta com aquecimento global, diz estudo

Cientistas japoneses analisaram a intensidade de furacões no Atlântico Norte que tocaram o solo no período de 1967 a 2018

  • Por Jovem Pan
  • 13/11/2020 06h15 - Atualizado em 13/11/2020 09h16
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Reuters Os pesquisadores mostram que, com o aumento da temperatura dos oceanos, aumenta a umidade que o furacão carrega ao tocar o solo

Uma pesquisa publicada na quinta-feira, 12, na revista científica “Nature” aponta que os furacões do Atlântico Norte estão durando mais tempo com o aquecimento global. O estudo ponta que, à medida que o planeta esquenta, a destruição trazida pelos furacões deve avançar, de forma progressiva, para o interior do continente. As conclusões são de dois cientistas da Universidade de Pós-Graduação do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa, no Japão. Eles analisaram a intensidade de furacões no Atlântico Norte que tocaram o solo no período de 1967 a 2018 e descobriram que, enquanto nos anos 60 um furacão perdia 75% da sua intensidade um dia após tocar o solo, atualmente, essa perda é de 50%. Isso está ocorrendo porque os furacões são alimentados pela umidade marinha.

Usando simulações de computador, os pesquisadores mostram que, com o aumento da temperatura dos oceanos, aumenta a umidade que o furacão carrega ao tocar o solo. Os cientistas também pontuam que, por mais de um século, a frequência e a intensidade dos furacões ficaram praticamente inalteradas, mas as perdas econômicas causadas por eles vêm aumentando de forma contínua.

*Com informações do repórter Victor Moraes

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