‘É incompreensível ter militares da ativa na política’, diz Gilmar Mendes

Durante um evento realizado na sede da FIESP, ministro do STF citou os ataques de 8 de janeiro como um exemplo da complexidade e dos riscos envolvidos na atuação de militares no cenário político

  • Por Jovem Pan
  • 25/03/2025 09h11
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WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Gilmar Mendes Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes

Durante um evento realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) na última segunda-feira (24), o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, expressou suas críticas à presença de militares da ativa em cargos políticos e administrativos. O encontro, que teve como foco a discussão sobre a reforma administrativa, serviu de palco para Mendes destacar a necessidade urgente de rever a atuação dos militares em funções políticas.

Ele citou os ataques de 8 de janeiro como um exemplo da complexidade e dos riscos envolvidos nessa prática, afirmando que não é mais aceitável que militares atuem em funções administrativas sem se afastarem da corporação. O ministro enfatizou a importância de se analisar essa questão, especialmente à luz dos desdobramentos recentes e das denúncias em discussão.

Além de suas críticas à presença militar em cargos civis, Gilmar Mendes também abordou a questão dos supersalários no Judiciário. Ele destacou a necessidade de estabelecer regras claras para os chamados “penduricalhos”, criticando a desordem atual, onde frequentemente surgem novas gratificações. Mendes defendeu a criação de normas seguras para disciplinar a remuneração, visando trazer mais transparência e justiça ao sistema.

O evento contou com a presença de outras autoridades, como o ministro do Tribunal de Contas da União, Antônio Anastasia, que também comentou sobre a disparidade salarial no setor público, mencionando a desproporção entre os salários de ministros e de executivos de bancos estatais.

A ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, também participou do evento, destacando as dificuldades em reduzir as desigualdades econômicas no Brasil. Ela ressaltou a importância do papel do Estado nas transferências de renda e na prestação de serviços públicos, apontando que essas ações são fundamentais para promover a equidade social.

O deputado federal Artur Maia, presente no encontro, enfatizou a necessidade de equilíbrio na remuneração, mas alertou que essa questão não deveria ser tratada pelo Legislativo para evitar interferências no Judiciário.

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O encontro na FIESP reuniu diversas autoridades e parlamentares, que discutiram não apenas a reforma administrativa, mas também outros desafios enfrentados pelo Brasil. As discussões foram amplas e abordaram temas cruciais para o desenvolvimento do país, como a necessidade de modernizar a administração pública e garantir uma gestão mais eficiente e justa.

A presença de figuras importantes do cenário político e econômico brasileiro destacou a relevância do evento e a urgência de se encontrar soluções para os problemas apresentados.

*Com informações de Camila Yunes

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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