‘É necessário tratar sem preconceitos quem quer ter arma para se proteger’, diz deputado

Sanderson defende a necessidade de um controle mais rígido dos armamentos ilegais, assim como a desburocratização do porte e posse para pessoas que têm ‘condições psicológicas’

  • Por Jovem Pan
  • 16/07/2021 08h27 - Atualizado em 16/07/2021 09h18
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Michel Jesus/Câmara dos Deputados Deputado Sanderson em discussão e votação de propostas Parlamentar opinou ainda que o maior acesso às armas de fogo levam à diminuição dos índices de violência

O Brasil quase dobrou o número de armas de fogo nas mãos de civis em apenas um ano. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgados nesta quinta-feira, 15. O assunto gera amplo debate entre críticos e apoiadores e a discussão sobre uma maior flexibilização das regras para porte e posse ainda divide a população brasileira. Para o deputado federal Sanderson (PSL), é preciso ter um controle mais rígido sobre as armas ilegais, especialmente as que chegam pelas fronteiras, assim como discutir mecanismos que possam desburocratizar o acesso aos equipamentos para aqueles que tenham “condições psicológicas possam ter uma arma para proteger sua família”. “Melhorar o controle sobre as armas ilegais é uma necessidade e também tratar sem preconceitos quem quer ter arma para se proteger. A rigidez vai continuar, não é todo mundo que vai ter arma. Alguns tem tido ‘vai liberar geral’, não é isso. Os brasileiros deverão cumprir os requisitos legais”, afirmou em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 16.

O parlamentar opinou ainda que o maior acesso às armas de fogo levam à diminuição dos índices de violência, citando o Uruguai como um dos países mais armamentistas e, segundo ele, pouco violento. “Temos modelo mundo afora onde países que tem mais liberdade no porte e licença de arma e os índices de violência diminuíram. Desde de 2019, com uma nova visão do governo liberando e desburocratizando a licença para utilização de armas, diminuíram os índices de violência”, disse o deputado federal. No entanto, o 15º anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostrou uma realidade diferente no último ano. Além do maior número de armas de fogo, o número de número de mortes violentas intencionais aumentou 4% no Brasil em 2020, com mais de 50 mil registros, 78% deles por arma de fogo. Ceará, Bahia, Sergipe e Amapá são os Estados com as maiores taxas de mortes violentas intencionais a cada 100 mil habitantes.

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