Em batalha por ouro, Reino Unido apoia Guaidó como presidente da Venezuela
Disputa envolve repatriação de cerca de 1 bilhão de dólares em ouro depositados no Banco da Inglaterra, o que representa 15% de todas as reservas de moeda estrangeira do país sul-americano
O governo britânico tentou impedir uma iniciativa da Venezuela de repatriar cerca de 1 bilhão de dólares em ouro depositados no Banco da Inglaterra. Advogados que representam o presidente Nicolás Maduro foram à Suprema Corte do Reino Unido para a última etapa de uma longa disputa sobre quem deve controlar a quantia. Do outro lado, está o opositor, Juan Guaidó. Estima-se que a fortuna guardada na Inglaterra representa 15% de todas as reservas de moeda estrangeira do país sul-americano. O banco central da Venezuela alega que a venda do ouro deve financiar a resposta à pandemia no país e fortaleceria um sistema de saúde afetado por mais de seis anos de crise econômica. Depois de se aliar aos Estados Unidos, a Inglaterra se recusa a liberar o dinheiro. Aliados americanos e europeus manifestaram apoio a Guaidó e acusam Maduro de fraude nas eleições presidenciais. Em nota, o gabinete de Relações Exteriores britânico reforçou que “o governo do Reino Unido é claro sobre o reconhecimento de Juan Guaidó como o único presidente legítimo da Venezuela”. A pasta ainda declarou que “o governo tem o direito de decidir quem deve ser reconhecido como chefe legítimo de um Estado estrangeiro”. O caso será analisado na Suprema Corte do Reino Unido até esta quarta-feira, 20.
*Com informações da repórter Letícia Santini
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