Em debate, Guilherme Boulos cita Bolsonaro e diz que Covas esconde aliados

Em contrapartida, o tucano disse que o presidente Jair Bolsonaro não deve se intrometer na eleição em São Paulo; eleitores voltam às urnas na capital paulista para a decisão final no dia 29 de novembro

  • Por Jovem Pan
  • 20/11/2020 05h33 - Atualizado em 20/11/2020 11h18
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WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO prefeito de São Paulo, Bruno Covas Na chegada, o tucano disse que vai manter a estratégia de mostrar o que foi feito na sua gestão e prometeu que não vai aumentar impostos nos próximos quatro anos

No segundo debate entre Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL), os candidatos trocaram acusações e nacionalizaram a disputa pela prefeitura de São Paulo. O encontro foi promovido pelo Grupo Bandeirantes e durou cerca de 1h 30. Na chegada, o tucano disse que vai manter a estratégia de mostrar o que foi feito na sua gestão e prometeu que não vai aumentar impostos nos próximos quatro anos. Covas agradeceu os apoios que vem recebendo e disse que o presidente Jair Bolsonaro não tem de se intrometer na eleição em São Paulo. “O presidente Jair Bolsonaro é lá do Rio de Janeiro. Ele que trate da eleição do Rio de Janeiro. Eu acho que ele não tem que se intrometer na eleição para prefeito de São Paulo. Eu acho que não tem nenhum candidato aqui que seja ideologicamente alinhado a ele”, disse.

Em seguida, Boulos disse que Covas esconde os apoios que tem. “O Bolsonaro apoiou o Russomanno no primeiro turno, e ontem [quarta] o Russomanno se juntou ao Bruno Covas. Acho que o Bruno Covas tem mania de esconder os apoios, ele se envergonha dos apoios que ele tem. Ele passou o primeiro turno inteiro escondendo Doria e agora ele quer esconder o Russomanno e o Bolsonaro”, disse. Nesta sexta-feira, 20, deve ser oficializado o apoio do PSB, de Márcio França, a Boulos. O candidato do PSOL disse que, se ganhar, vai lançar um programa de renda solidária, que será de aproximadamente R$ 400.

Um dos principais temas tratados neste debate foi a situação da pandemia na cidade de São Paulo e a possibilidade de uma segunda onda de infecções pelo coronavírus e um lockdown. O candidato Bruno Covas disse que a prefeitura monitora os números e que, neste momento, não há motivo para mudar a estratégia. Já Boulos criticou a ação da prefeitura e defendeu a testagem em massa. Perguntado se decretaria um bloqueio total, o  candidato desconversou. Guilherme Boulos disse que a prefeitura de São Paulo tem dinheiro para executar seu programa de governo. Covas afirmou que o adversário não conhece a realidade do orçamento e que não há espaço para o radicalismo. Os eleitores voltam às urnas na capital paulista para a decisão final no dia 29 de novembro.

*Com informações do repórter Afonso Marangoni 

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