Em evento virtual, Guedes admite que auxílio emergencial pode ser prorrogado

Segundo o ministro da Economia, o benefício é uma ‘arma’ e pode ser ampliado, caso a Covid-19 continue avançando

  • Por Jovem Pan
  • 28/05/2021 06h31 - Atualizado em 28/05/2021 10h22
FREDERICO BRASIL/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Paulo Guedes em frente um painel azul Para garantir a retomada de vez da economia brasileira, Guedes voltou a defender a necessidade da vacinação em massa no país

O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu, nesta quinta-feira, 27, que não está descartada a possibilidade de uma nova renovação do auxílio emergencial. Para garantir a retomada de vez da economia brasileira, Guedes voltou a defender a necessidade da vacinação em massa para evitar que os efeitos negativos da pandemia de Covid-19 continuem pressionando o setor produtivo brasileiro. “O auxílio emergencial é uma arma que nós temos e que pode sim ser renovado. Se ao contrário do que nós esperamos, se a doença continuar fustigando, as mortes continuam elevadas, a vacina por alguma razão não está chegando, vamos ter que renovar. Não é nossa expectativa hoje”, disse. Durante encontro com empresários, Paulo Guedes defendeu a necessidade da reindustrialização do país e da aprovação da reforma tributária. Segundo ele, o agronegócio brilha no exterior porque não existe um imposto sobre produtos agrícolas. O ministro criticou o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), mas admitiu que ainda não pode abrir mão da receita. E ressaltou que a meta é permitir a abertura comercial sem que isso, na prática, sufoque a indústria nacional. “Nós somos liberais, mas não somos trouxas. Então todo o ritmo de abertura brasileira tem que respeitar esse patrimônio que é o nosso parque industrial. Nós não vamos derrubar a indústria brasileira em nome da abertura comercial.”

Paulo Guedes lembrou, no entanto, que é preciso respeitar as características de cada região. De acordo com o ministro, Manaus, por exemplo, precisa ser a capital mundial da economia verde, investir em novas tecnologias e explorar as riquezas da Floresta Amazônica, protegendo a região. Ao ser questionado sobre a proposta que prevê a criação de um passaporte tributário, o ministro explicou que o objetivo é socorrer empresas que tiveram queda significativa do faturamento. “Temos que oferecer uma saída, da mesma forma que tem a lei de falência para permitir que as empresas que caíram consigam se levantar e começar a criar empregos de novo. Então tem a lei de falências, a medida provisória para melhorar o ambiente de negócios, vai ter a simplificação dos impostos. Da mesma forma, nós queremos que o passaporte tributário seja um conjunto de facilidades”, pontuou. O encontro do ministro da Economia com os empresários teve transmissão ao vivo pelas redes sociais. No início da fala de Paulo Guedes houve uma invasão da transmissão, quando foi veiculado material pornográfico. O ministro e os participantes só ficaram sabendo do problema depois. Quem acompanhava o evento à distância perdeu parte da fala do ministro por conta do ataque. A chamada Coalizão Indústria explicou que os perfis responsáveis pela invasão foram excluídos rapidamente. O grupo pediu desculpas e prometeu apurar os fatos.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.