Alckmin volta a criticar a Selic e diz que juro real no Brasil sobe sem motivo

Tema fez parte da reunião de empresários do varejo com o vice-presidente; assunto tem sido motivo de crise entre o presidente Lula e o chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto

  • Por Jovem Pan
  • 15/06/2023 10h43 - Atualizado em 15/06/2023 14h50
Marcos Santos/USP Marcos Santos/USP Taxa Selic, juros básicos da economia, é mantida em 13,75%

Empresários do ramo do varejo fizeram apelos nesta quarta-feira, 14, ao governo federal. O principal deles é a queda nas taxas de juros, atualmente em 13,75% ao ano, e que, inclusive, tem sido motivo de crise entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Em reunião que durou cerca de duas horas no Palácio do Planalto, os empresários alegaram que não existem motivos para manutenção da taxa. De acordo com eles, não há demanda crescente no setor, o que representaria um fluxo maior de dinheiro no mercado e, consequentemente, inflação descontrolada. Após o encontro, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro da Indústria, Comércio e Serviços, reconheceu que é justa a cobrança dos empresários sobre a queda na taxa de juros. “Colocaram de maneira muito clara. Primeiro, a questão de juros porque isso prejudica muito a atividade econômica, ou seja, prejudica o emprego. Os juros não estão parados. O juro real está subindo há vários meses. A medida que a Selic fica parada em 13,75%, com a inflação caindo, o juros real está subindo no Brasil sem nenhuma razão para isso”, comentou.

*Com informações do repórter André Anelli

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